segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A crise nos EUA. Semana decisiva.

Diretora do FMI diz temer recessão mundial por crise fiscal dos EUA

 

14 de outubro de 2013 | 04h17 | atualizado às 04h17

A diretora-geral do Fundo Montério Internacional (FMI), Christine Lagarde, declarou, em entrevista reproduzida pela rede britânica BBC, que teme uma "recessão mundial" caso a crise fiscal americana se agrave.
"Uma falta de certeza e confiança nos Estdos Unidos significaria enorme perturbação em todo o mundo. Estaríamos em risco de tombarmos novamente em recessão", analisou Lagarde.
O Tesouro americano aguarda por acordo que aumente o limite de endividamento do país. Líderes democratas e republicanos mantêm conversas no Senado, mas há poucos sinais de avanços, segundo correspondentes.
Até agora, o presidente Barack Obama e os políticos republicanos não foram capazes de chegar a um consenso sobre o orçamento do país e a elevação do teto de dívida pública.
Em vez da crise do euro, a disputa entre democratas e republicanos foi o assunto que dominou encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em Washington.
por: Terra 
http://m.vivo.terra.com.br/


Senado se reúne por crise de orçamento em uma semana crucial para os EUA


WASHINGTON, 13 Out 2013 (AFP) - O Senado norte-americano se reuniu neste domingo, em uma ação incomum, para tentar pôr fim ao bloqueio orçamentário nos Estados Unidos, a três dias úteis para impedir um default da dívida da primeira economia mundial.

Depois de um impasse na Câmara de Deputados no sábado, as atenções se voltaram para o Senado, onde ambos os líderes dos partidos, democrata e republicano, tentavam alcançar um compromisso que ponha fim a um bloqueio político de quase duas semanas sobre o tema do orçamento e da dívida.

Os Estados Unidos enfrentam duas crises ligadas politicamente, mas cuja coincidência se deve a um azar do calendário: uma é a ausência de um acordo no Congresso dia 1º de outubro sobre o orçamento 2014 que mantém paralisado parcialmente o governo e outra é o bloqueio no Congresso para elevar o teto da dívida antes de 17 de outubro, data em que o Tesouro norte-americano não poderá honrar alguns compromissos de sua dívida.

Em um momento em que as duas câmaras dispõem de apenas três dias de trabalho para acordar uma alta no teto da dívida, os senadores mostraram sua vontade de alcançar um consenso que evitaria o default da economia norte-americana.

Contudo, segundo Harry Reid, líder dos democratas no Senado, seus contatos do sábado com o chefe dos senadores republicanos, Mitch McConnell, apesar de não terem sido "extremamente cordiais" foram "muito preliminares" e "não apontaram para nada concreto".

Já os legisladores da Câmara de Deputados se retiraram de Washington pelo fim de semana até a tarde de segunda-feira, após realizar uma curta sessão sábado pela manhã.

Os representantes republicanos acusaram o presidente Barack Obama de ter rejeitado sua proposta.

"Estou decepcionado que o presidente tenha rejeitado a oferta que colocamos sobre a mesa", disse Eric Cantor, chefe da maioria republicana na Câmara.

No sábado, Obama expressou sua hostilidade à ideia de estender somente por algumas semanas a alta do teto da dívida.

A Casa Branca também lamentou que tenha sido rejeitada no sábado uma medida do Senado que permitiria o Estado continuar pagando seus empréstimos até o final de 2014 e afastar, dessa forma, o risco de um inédito default.

"Com apenas cinco dias de o Estado não poder pedir mais empréstimos, o Congresso deve avançar em uma solução que ponha fim à paralisia do governo e que nos permita pagar nossas contas", alertou no sábado Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse na noite de sábado que "estamos a cinco dias de um momento muito perigoso". Um default nos Estados Unidos, "pode ser um acontecimento desastroso para os países em vias de desenvolvimento e também será muito prejudicial para as economias desenvolvidas", alertou.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, comparou os efeitos que teria um default norte-americano com os da crise financeira de 2008.

"O estatuto da economia norte-americana estaria, de novo, em perigo", declarou Lagarde no programa da NBC "Meet the press", cujos trechos foram publicados este domingo.

"Se há esse nível de perturbação, de falta de certeza, de falta de confiança nos compromissos dos Estados Unidos, isso implicará perturbações em massa no mundo inteiro. Estaríamos expostos a cair, novamente, em recessão", alertou Lagarde.

Os diretores de grandes bancos também expressaram sua preocupação sobre um eventual default, como fez Jamie Dimon, diretor da JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos.

Plano do Senado Esse curto prazo permitiria, segundo os republicanos, negociar um amplo acordo de reforma dos programas sociais norte-americanos, entre eles o sistema público de aposentadoria, mantendo sempre a pressão sobre o presidente.

O aparente endurecimento da posição do executivo mudou o foco das negociações ao Senado, onde democratas e republicanos anunciaram no sábado estar trabalhando em um plano alternativo que foi apresentado na Câmara de Deputados.

Os senadores são reconhecidos por ser menos intransigentes que seus colegas da Câmara, mas todo acordo deverá ser aprovado por ambos os lados do legislativo.

Outro tema que  obscurece a situação: a paralisia das administrações federais desencadeada no dia 1º de outubro pela falta de votos sobre os gastos e receitas no Congresso. Milhares de funcionários receberam ordem de permanecer em suas casas, provocando mau funcionamento do governo federal em todo o país.

Diante dessa insustentável situação, vários estados (Nova York, Arizona, Colorado, Utah, Dacota do Sul) reabriram vários parques nacionais, como o Grand Canyon, ao público, no sábado com seus próprios meios.

bur-pt/jh/cd/mv

6 comentários:

  1. No último minuto o acordo para aumentar o teto da dívida será aprovado, aguardemos.

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  2. Por outro lado é preciso se perguntar sobre as consequências de mais uma elevação da dívida que já se encontra em um absurdo 17 trilhões de dólares. Seria loucura conspiracionista acreditar que os EUA podem estar fabricando uma crise visando reorganizar-se internamente e ao mesmo tempo levar o caos ao cenário externo? Analistas afirmam que um "calote" no meio dessa semana terá essa capacidade. Vamos aguardar. Particularmente não acho loucura acreditar nessa possibilidade.

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    1. Jorge Falcão, uma coisa eu sou obrigado a reconhecer, não dá para esconder de baixo do tapete uma dívida imensa como essa dos EUA e fingir que está tudo bem, uma hora o caldo vai entornar, só estou desconfiado que ainda não será desta vez, é apenas um palpite meu, posso estar errado.

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  3. Tb espero pq querendo ou não seremos afetados diretamente!

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