sábado, 9 de fevereiro de 2013

Instabilidade política no Mali-Atualizado

Tiroteio irrompe em meio a relatos de motins na capital do Mali  

• Rebelião Eclodiu em Bamako em meio a relatos de um motim de pára-quedistas leais ao Amadou Toumani Toure.
Testemunhas relataram lesões na troca de tiros entre tropas do governo e os pára-quedistas.
Os militares ligados a insurgência renovam com a rigorosa disciplina imposta ao boinas vermelhas.
 

BAMAKO, 09 de fevereiro (Xinhua) - Os disparos irromperam na sexta-feira em Bamako a capital do Mali em meio a relatos de um motim  por pára-quedistas leais ao ex-presidente Amadou Toumani Touré.
Testemunhas relataram lesões na troca de tiros entre tropas do governo e os pára-quedistas cercados em um campo na parte sul da cidade.
Os pára-quedistas, localmente conhecidos como boinas vermelhas,  no passado lutaram  com boinas verdes aliados à junta militar  em um motim durante a noite de 30 de abril e 1 de maio de 2012.
  Os militares ligados a insurgência renovam com a rigorosa disciplina imposta ao boinas vermelhas, cujo último motim durou pouco.
Mali continua instável desde  que Toure foi deposto em 22 de março de 2012.Rebeldes aproveitaram o golpe para apoderarem-se da parte norte do país do Oeste Africano.
  Em dezembro de 2012, o então primeiro-ministro do governo de transição, Cheick Modibo Diarra, anunciou a renúncia e dissolveu o gabinete depois detido por tropas de apoio de ex-golpe líder Amadou Sanogo.
Rebeldes do norte ao sul empurraram continuando em janeiro de 2013, brevemente tomaram a cidade chave de Konna no centro de Mali, Bamako a ameaçar o governo com base em transição, que é reconhecido pela comunidade internacional.
O exército maliano lançou contra-ofensivas com o apoio de outros países africanos e França, o ex-governante colonial do Mali.
Os rebeldes recuaram em desordem desde a intervenção militar francês em 11 de janeiro, com o governo do Mali tomando de volta as cidades do norte de Gao, Tombuctu e Kidal, que também servem como as capitais dos três regiões do norte com os mesmos nomes.
Apesar de transição do Mali presidente Dioncounda Traore anunciou recentemente que o país terá eleições em 31 de julho para acabar com a crise, os analistas vêem tarefas subida à frente para restaurar a integridade territorial ea norma constitucional no rescaldo do golpe e rebeliões.
http://news.xinhuanet.com



Exército do Mali reforça posições em Gao após atentado suicida


Os soldados malinenses reforçaram neste sábado a segurança na região de Gao, no norte do Mali, após a detenção de dois jovens com cinturões de explosivos e um dia após o primeiro ataque suicida no país.
Os grupos armados islamitas, que ocuparam durante vários meses o norte do país impondo sua lei, evitam um confronto direto com os soldados franceses e malinenses e parecem adotar como estratégia os ataques suicidas e a colocação de minas terrestres nas estradas.
Dois jovens com cinturões cheios de explosivos foram detidos na manhã deste sábado 20 km ao norte de Gao, um dia após o primeiro atentado suicida no Mali, realizado nesta mesma cidade, localizada 1.200 km ao nordeste de Bamako e tomada recentemente das mãos dos grupos armados islamitas.
"Nesta manhã detivemos dois jovens, um árabe e um tuaregue. Carregavam um cinto de explosivos e cavalgavam em dois asnos", declarou à AFP Umar Maiga, filho do chefe da aldeia.
Os jovens foram detidos na estrada que leva até Burem e Kidal, 20 km da entrada norte de Gao, onde um homem se explodiu contra militares malinenses, causando ferimentos leves em um dos soldados.
O atentado foi reivindicado pelo Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Mujao), um dos grupos armados que ocupavam o norte do Mali há meses.
O Mujao já havia feito uma declaração reivindicando a colocação de minas, ataques a comboios militares e a utilização de terroristas suicidas nesta região.
Gao, maior cidade do norte do Mali, foi tomada dos islamitas em 26 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses. A cidade está em Estado de sítio, com fortes reforços militares, constatou a AFP. Uma medida que coloca em evidência a preocupação dos militares, que levam a sério as ameaças de novos ataques.
"Se você se distancia poucos quilômetros de Gao, já é perigoso", relatou à AFP um oficial do Mali. De acordo com fontes militares da França e Mali, várias aldeias nas proximidades de Gao defendem a causa islâmica.
Na capital do Mali, a calma aparentemente foi restaurada após os enfrentamentos na véspera, quando alguns soldados atacaram uma unidade de elite do Exército do Mali, os Boinas Vermelho.
Ao menos dois adolescentes foram mortos e outras 13 pessoas ficaram feridas, de acordo com um balanço do governo sobre este ataque que irritou o chefe de Estado do Mali, Dioncunda Traoré, que condenou os "disparos fratricidas" e apelou a "indispensável união sagrada", em plena reconquista do norte.
Este ataque, que ilustra as divisões do Exército do Mali, foi motivado pela recusa dos Boinas Vermelho de deixar o acampamento em Bamako e integrar outras unidades para lutar contra os grupos islâmicos armados no norte.

AFP 

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