Coreia do Norte corta linha viva da Cruz Vermelha com Seul
Pyongyang ameaçou cortar sua linha de trabalho apenas para Sul e da linha militar acionada para com os Estados Unidos, se Seul e Washington realizar um exercício militar conjunto e em resposta à última rodada de sanções da ONU por seu terceiro teste nuclear.
Manobras militares aumentam tensão entre as duas Coreias
11 de março de 2013,
por Nicholle Murmel
As
tropas sul-coreanas e americanas iniciaram nesta segunda-feira as
manobras militares anuais, realizadas entre os dois países. As manobras
são realizadas apesar da ameaça da Coreia do Norte de iniciar um ataque
nuclear. Os norte-coreanos anunciaram, na semana passada, que anulariam o
armistício que vigorava entre as duas Coreias, o que eleva a
possibilidade de um conflito na região.
O regime norte-coreano diz que o seu vizinho do sul está fazendo
exercícios para se preparar a uma invasão apoiada pelos americanos. A
Coreia do Sul e os Estados Unidos contam com 28 mil soldados na
península. As manobras são, em sua maioria, virtuais, mas elas mobilizam
pelo menos 13 mil soldados coreanos e americanos na região.
Esses exercícios militares acontecem após uma semana de forte tensão
na península: Pyongyang ameaça anular completamente o armistício da
Guerra da Coreia, ocorrida entre 1950 e 1953. O líder Kim Jong-Un diz
que o seu exército está pronto para um conflito total. Além disso, a
Coreia do Norte alerta que os dois países estão à beira do que chamaram
de “guerra termonuclear” e que os Estados Unidos, se expõem a um ataque
“nuclear preventivo”. A linha de comunicação que mantinha o contato
entre os dois vizinhos foi desligada pelos coreanos do norte na semana
passada. Os dois países fazem testes com esta linha diariamente, mas o
Norte não respondeu aos chamados nesta segunda-feira.
Na sexta-feira(8), o Conselho de Segurança da ONU votou novas sanções
contra a Coreia do Norte, depois que o país realizou um teste nuclear
em fevereiro e lançou, em dezembro, um foguete, considerado por Seul
como um míssil.
Ameaças e demonstrações de força se tornaram comuns entre as duas
Coreias nos últimos 50 anos. Mas, observadores julgam que a situação é
tensa a tal ponto, que um simples incidente diplomático nos próximos
dias pode ter graves consequências para os dois países.
Segundo o ministro sul-coreano da Defesa, o Norte prepara-se para
realizar manobras internas ainda esta semana. Os quartéis situados nas
ilhas norte-coreanas, próximas à fronteira marítima com o Sul,
instalaram canhões em posição de ataque. A China, tradicional aliada da
Coreia do Norte, pediu calma aos dois países e exortou os vizinhos à
renunciarem a todo ato suscetível de agravar as tensões. A presidente
sul-coreana Park Geun-Hye, que tomou posse há duas semanas, disse que a
situação é muito grave e prometeu responder energicamente a qualquer
provocação do Norte. Ela deve reunir o seus ministros ainda nesta
segunda-feira, pela primeira vez, desde o início do seu mandato.
FONTE: Rádio França Internacional via Resenha do Exército
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