domingo, 9 de março de 2014

Crise traz preocupação quanto às usinas nucleares ucranianas

O que irá acontecer às usinas nucleares ucranianas?

O que irá acontecer às usinas nucleares ucranianas?

A Rosatom requereu à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a verificação das condições de segurança das usinas nucleares da Ucrânia.

Essa informação foi divulgada pelo vice-premiê do governo da Rússia Dmitri Rogozin que tinha apresentado essa intensão da Rosatom ao presidente Vladimir Putin.
Na situação de extrema instabilidade política e econômica que se vive na Ucrânia, a segurança das instalações de energia nuclear deixa de ser um problema interno e passa a ser um problema internacional.
Neste momento no território da Ucrânia funcionam 15 geradores distribuídos por quatro usinas nucleares mais os quatro geradores selados da usina nuclear de Chernobyl. As usinas funcionam em regime normal de exploração, mas existem receios fundamentados acerca da eficácia da sua proteção, considera Dmitri Rogozin. Esse tipo de instalações sensíveis, em condições de caos objetivo, atrai sempre os extremistas e os potenciais interessados em usar a segurança dessas usinas em chantagens com objetivos políticos.
Além disso, nos últimos tempos surgiram problemas com o trânsito de combustíveis nucleares através da Ucrânia com destino aos parceiros da Federação Russa na Europa Oriental. Também a Ucrânia não está sendo abastecida e só tem reservas de combustível para mais um mês. A situação criada não só ameaça fisicamente a própria Ucrânia em caso de possíveis atentados, mas também cria riscos econômicos para a Rússia. Também poderá ser afetado o balanço energético da Ucrânia. Esse é um fator muito perigoso, considera o perito em física nuclear e energia atômica Igor Ostretsov:
“A energia nuclear desempenha um papel enorme na Ucrânia porque este país ocupa o segundo lugar a nível mundial em geração de energia elétrica com base na fissão nuclear. A Ucrânia tem as usinas de Rivne e Khmelnitsky, com quatro e dois geradores respectivamente, e o maior gerador em Zaporozhie. O país é extremamente dependente da energia nuclear. Nas atuais condições é perigoso explorar essas instalações, especialmente nas regiões ocidentais: no leste do país a população é mais desenvolvida tecnologicamente. Rogozin colocou a questão de uma forma totalmente correta, mas se pararmos a produção de energia as consequências serão terríveis.”
Atualmente a segurança do perímetro das instalações é mantida por empresas provadas de segurança e por forças do MAI e dos Serviços de Segurança da Ucrânia. Contudo, e considerando a presente situação, inclusive nas fileiras das forças de segurança, a sua proteção começa a ser o problema dominante.
Este é o comentário do vice-presidente do Comitê da Duma de Estado para os Recursos Naturais, Ambiente e Ecologia Maxim Shingarkin:
“O aspeto mais importante da manutenção da segurança das instalações nucleares não é só o cumprimento das regras de segurança na produção de energia, mas também a proteção das usinas como instalações particularmente sensíveis. Além dos reatores em funcionamento, elas possuem uma série de partes e mecanismos que, se forem sujeitas a sabotagem, darão origem a consequências imprevisíveis. Para que não ocorra uma explosão do combustível nuclear é preciso proteger não só o reator e o perímetro da usina, mas também o seu sistema de fornecimento elétrico.”
Maxim Shingarkin acrescenta que para uma proteção eficaz de todo o conjunto de instalações das usinas nucleares existem meios especiais de reforço. Será que a Ucrânia os está usando nas atuais condições? Hoje já não basta um “homem armado” e uma câmera de vigilância para proteger instalações estratégicas vitais deste ou de qualquer outro país em períodos de crise.
A prática internacional demonstra que, em caso de agravamento da situação relativamente a usinas nucleares, estas deverão ser protegidas por unidades especialmente treinadas, cuja existência e capacidades na Ucrânia são altamente questionáveis no período atual.

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