Síria apresenta queixa à ONU e ameaça retaliar ataque de Israel
Segundo fontes anônimas, Israel atacou na quarta carregamento que incluía sofisticados mísseis antiaéreos de fabricação russa direcionados ao grupo islâmico libanês Hezbollah
A Síria apresentou nesta quinta-feira formalmente uma queixa na ONU pelo ataque aéreo de Israel em seu território
e ameaçou retaliar contra a ação militar, enquanto seu aliado Irã disse
que haverá repercussões para o Estado judeu pelo ataque.
O embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdul Karim
Ali, disse que Damasco tinha a opção de adotar uma "decisão surpresa"
como resposta ao ataque. "A Síria está envolvida na defesa de sua
soberania e da sua terra", disse sem dar detalhes. Síria e Israel
travaram várias guerras e, em 2007, jatos israelenses bombardearam uma
suposta instalação nuclear síria sem enfrentar retaliação.
Sob condição de anonimato, autoridades regionais e dos
EUA afirmaram que o alvo foi um comboio de caminhões que parecia levar
um carregamento de armas antiaéreas para o grupo militante islâmico
Hezbollah no Líbano. O Exército sírio, porém, disse que jatos
israelenses atacaram um centro de pesquisa militar em Jamraya
, a noroeste de Damasco, deixando dois mortos e ferindo cinco.
O Ministério de Relações Exteriores da Síria convocou o
comandante da ONU nas Colinas de Golan para entregar seu protesto
formal, dizendo que a ação de Israel violava o acordo de desengajamento
de 1974 entre os dois lados, que tecnicamente ainda estão em guerra. Uma
força observadora da ONU está no Golan desde 1974, com a tarefa de
fornecer "uma área de separação e duas zonas iguais de forças e
armamentos limitados em ambos os lados da região".
Previamente, o Ministério de Relações Exteriores da
Rússia expressou preocupações sobre o ataque, ainda não confirmado
oficialmente por Israel, afirmando que tal ação seria uma violação inaceitável da Carta da ONU
. "Se a informações for confirmada, então estaremos lidando com ataques
lançados sem provocação contra alvos no território de um país soberano, o
que viola de forma explícita a Carta da ONU e é inaceitável,
independentemente dos motivos para justificar isso."
A Rússia é a principal aliada do presidente sírio, Bashar
al-Assad, protegendo-o de sanções da ONU contra a repressão de seu
regime ao levante popular iniciado em março de 2011. Segundo a ONU, a
violência deixou mais de 60 mil mortos no país
.
Em Israel, um legislador próximo ao primeiro-ministro
linha dura Benjamin Netanyahu não confirmou o envolvimento no ataque,
mas indicou que Israel poderia realizar outras missões similares no
futuro. O ataque acrescentou novos elementos de tensão para a já
violenta guerra civil da Síria.
Oficiais regionais disseram que Israel planejava havia
dias o ataque para atingir um carregamento de armas direcionadas ao
Hezbollah. Eles disseram que o carregamento incluiria sofisticados
mísseis antiaéreos SA-17, de fabricação russa, que poderiam fortalecer
estrategicamente o Hezbollah, que já se comprometeu com a destruição de
Israel e travou uma guerra contra o Estado judeu no passado.
Importantes autoridades israelenses expressaram
recentemente preocupações de que, se desesperado, o regime de Assad
poderia fornecer armas químicas para o Hezbollah ou outros grupos militantes
. Funcionários americanos dizem que estão rastreando o armamento químico
sírio, que aparentemente continua solidamente sob controle do regime.
Rebeldes do Exército Livre da Síria seguram armas em frente de prédios destruídos em Homs (30/01)
Poucas chances de escalada segundo Israel
Analistas israelenses acreditam que o
bombardeio não desencadeará uma escalada de violência na fronteira norte
de Israel, levando a um conflito aberto envolvendo as forças
israelenses, sírias e do Hezbollah. Para o analista do canal 1 da TV
israelense Oded Granot, a Síria e Hezbollah estão enfraquecidos
atualmente e não têm interesse em realizar uma represália ou em
confronto aberto com Israel.
Por outro lado, a tradicional "política de
ambiguidade" adotada por Israel, que explicaria o fato de o país não
admitir o ataque, "possibilita que a Síria e o Hezbollah não reajam,
evitando assim uma guerra aberta", afirmou Granot. "Se Israel admitisse o
ataque, isso os obrigaria a reagir."
Segundo Ron Ben Ishai, analista militar do portal de
noticias Ynet, o governo sírio está "mentindo" ao afirmar que o alvo do
bombardeio teria sido uma centro de pesquisas. De acordo com Ben Ishai, a
Síria teria interesse em encobrir o fato de que, em vista da
desintegração do Estado em consequência da guerra civil, estaria
transferindo seu arsenal para o Hezbollah.
O analista relata que os mísseis do tipo SA-17, que
teriam sido o principal alvo do ataque, são especialmente avançados, com
capacidade de derrubar aviões da Força Aérea israelense. O armamento
foi fornecidos pela Rússia ao governo sírio com a condição de que não
seriam desviados para terceiros, incluindo o Hezbollah.
Ao admitir um ataque a um comboio com esse tipo de mísseis, a Síria confirmaria uma violação do acordo com a Rússia.
http://ultimosegundo.ig.com.br
*Com AP, BBC e Reuters
Israel teme que armas químicas da Síria sejam transferidas para o grupo terrorista Hezbollah que fica no Líbano e portanto toda vez que a agência de inteligêcia Israelense detectar que esta tranferência pode acontecer Israel vai atacar, isso vai terminar muito mal.
ResponderExcluirIsrael luta sua existência no mapa.
ResponderExcluirA palavra do Ali kameni aiatolá deixou claro aos judeus, limpar Israel do mapa; se eles dormirem, então, Israel será cinzas.
Parabéns Israel, povo de David...
Que tenso
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPovo de David? Por acaso são imunes a artefatos bélicos? Não comem? Não bebem? São frutos do coito entre homem e mulher?
ResponderExcluirSe não são nada disso, seriam extra terrestres?
ridiculo esse pessoalzinho q diz q Israel é a terra prometida, q é a terra q ninguem mexe, q é sagrada e pá pá pá, mas tirando os iankees e suas Pu**s Britanicas, Israel é oq mais faz terorrismo, e depois se dizem coitadinhos ¬¬
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