Recusa de se reunir com a delegação russa demonstra ilegitimidade de posição dos EUA sobre a Síria
© Foto: Voz da Rússia
"Ao rejeitar este diálogo o Congresso dos EUA mostra que ele tem medo
de demonstrar a ilegitimidade de sua posição em relação à Síria", disse na
Duma Vice-Presidente Sergei Zheleznyak (Rússia Unida) nesta quinta-feira.
Relatórios anteriores, disseram que Câmara de Representantes, John Boehner recusou-se a discutir a Síria com parlamentares russos. Seu secretário de imprensa, disse que ele rejeitou o pedido
da Embaixada da Rússia para a reunião com a delegação parlamentar russa.
Zheleznyak prometeu trazer à tona o assunto da Síria na conferência de
Londres de oradores parlamentares do G8 em setembro 06-07.
"Vou iniciar uma discussão detalhada do problema da Síria com o orador
do Congresso dos EUA na reunião de altos comissários", disse ele.
Zheleznyak vai liderar a delegação russa na reunião de Londres.
Zheleznyak vai liderar a delegação russa na reunião de Londres.
Delegação de parlamentares russos planeja a realização de reuniões com
congressistas dos EUA e senadores em Washington na próxima semana, uma
fonte da Embaixada da Rússia, disse.
"A visita está em fase de planejamento e discussão de
detalhes da agenda está em andamento", disse ele, acrescentando que a
delegação vai provavelmente incluir membros de ambas as casas do
Assembleia Federal da Rússia - a Duma / Câmara dos Deputados / e do
Conselho da Federação / a casa superior /.
Diplomatas russos em Washington indicam que a situação em torno da Síria será tema número um nas próximas discussões.
Nesse meio tempo, John Boehner,
um conservador de Ohio que está segurando o cargo de porta-voz na
Câmara dos Deputados e já se recusou a realizar reuniões com os deputados
russos. Sua secretária, Michael Aço disse a
repórteres , que ele é uma pessoa número três na hierarquia
política e do estado de Washington, recusando um pedido da Embaixada da
Rússia para se reunir com os membros da delegação russa.
O presidente russo, Vladimir Putin apoiou
planos de enviar uma delegação parlamentar para os Estados Unidos para
as negociações com o Congresso sobre a Síria, no início desta semana.No
entanto, John Boehner, o principal republicano dos EUA da Câmara dos
Deputados, rejeitou um pedido oficial para atender a delegação russa.
A iniciativa por parte da Rússia foi provocada como legisladores
americanos votarão a chamada do presidente dos EUA B. Obama para ataques
militares na Síria.
"O
Presidente recusou o pedido da embaixada russa que ele se reunir com uma
delegação", Michael Steel, porta-voz de Boehner, disse à AFP.
CNN citou um porta-voz da embaixada russa em Washington dizendo que a
visita ainda estava sendo planejado e que seria "na próxima semana".
O porta-voz também disse à CNN que a delegação iria incluir membros das
câmaras alta e baixa do parlamento da Rússia e que tinham a intenção de
falar com republicanos e democratas tanto na Câmara e no Senado.
Valentina Matviyenko, presidente da Câmara Alta do
Parlamento russo, disse segunda-feira a delegação iria tentar viajar
para os Estados Unidos antes de 9 de Setembro.
Foguetes balísticos no Mediterrâneo ou testes de resistência
EPA
O
“lançamento de dois alvos balísticos” da parte central do Mediterrâneo
foi detectado por radares russos. Os “alvos” rumaram para o leste, em
direção à Síria, transmitiram agências noticiosas russas. O mundo ficou
paralisado à espera de explosões. Mas nada aconteceu. O incidente
aconteceu terça-feira, 3 de setembro, de manhã. Apenas na segunda metade
do dia, Israel comunicou ter realizado em conjunto com os Estados
Unidos um ensaio de um novo sistema antimísseis Hetz 3 (Arrow). Um avião por cima do Mediterrâneo lançou um míssil-alvo supersônico Sparrow
que pode simular mísseis balísticos. O Pentágono adiantou que os testes
não têm nada a ver com a suposta operação militar contra a Síria.
Questionado
por jornalistas sobre a razão pela qual foi escolhido para as manobras
um momento tão inoportuno, quando a situação em torno da Síria se
agravou ao máximo, o ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, disse
que o país “deve efetuar testes de campo necessários”. Sua resposta foi
confirmada por Uzi Rubin, projetista do Arrow 3: “o teste foi planificado há muito tempo, coincidindo casualmente com o elevado nervosismo em torno da Síria”.
É
difícil qualificar a coincidência como casual, considera o colaborador
científico do Instituto de Orientalística da Academia de Ciências da
Rússia, Boris Dolgov:
“Naturalmente,
o lançamento de foguetes-alvos foi ligado à suposta operação militar
contra a Síria. É evidente que Israel, em conjunto com os Estados
Unidos, testa seu sistema antimíssil. A operação militar planificada
pode prejudicar também Israel, contra o qual podem ser realizados
golpes”.
Na
noite de terça-feira, fontes israelenses comunicaram que uma armada de
navios americanos estacionada perto do litoral da Síria participou das
manobras. Os navios têm meios de destruição de mísseis balísticos Aegis, assim como são munidos de misseis de cruzeiro Tomahawk, prontos para atacar alvos na Síria. Para além do sistema Arrow 3,
em Israel foi poso em estado operacional um radar no deserto do Negev.
As fontes afirmaram que as manobras tinham por objetivo testar sistemas
de detecção de lançamentos de mísseis e não sua interceção.
Se fosse assim na realidade, não houve lançamento de contra-mísseis e o alvo Sparrow
de 230 kg de peso e com um raio de alcance de 50 km deveria cair no
mar. Militares russos confirmaram este fato. O lançamento do alvo
poderia ser ligado também à vontade de testar a reação da Rússia.
Comenta o diretor do Centro de Pesquisas Sociais e Políticas, Vladimir
Yevseev:
“A
meu ver, tal objetivo não foi posto diretamente. Mas, indiretamente, os
americanos testaram o nosso novo sistema de radares tipo Voronezh
na proximidade de Armavir, que faz parte do sistema de aviso de ataques
de mísseis. Os Estados Unidos ficaram convencidos de que o sistema
funciona eficazmente. Penso que este será um argumento suficiente, para
que eles tenham uma atitude mais ponderada para com o desdobramento do
sistema global de defesa antimíssil”.
As
manobras decorridas testemunham mais uma vez que a máquina militar
contra a Síria já foi posta em ação. Contudo, ainda há possibilidades
para prevenir os ataques. Boris Dolgov comunicou estar presente numa
reunião da Câmara Social, dedicada à Síria. Na reunião foi expressa a
ideia sobre a necessidade de um encontro de parlamentares russos com
colegas dos EUA, França e de outros países da OTAN, para explicar-lhes a
situação real na Síria. Por mais estranho que seja, os legisladores
americanos e franceses conhecem mal o que representa a oposição síria e
de que lado eles pretendem combater. São islamistas radicais que
constituem a força de choque da oposição síria.
Notícias acima vem via :
Rádio :
Recomendo ler "O Mentiroso" http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/oriente-medio/14479-em-quem-acreditar.html
ResponderExcluirExcelente conjunto de informações postadas pelo amigo Mafel.
ResponderExcluirÉ Flagrante o desespero do governo dos EUA para lançar seus mísseis. Se não fossem os meios de comunicação alternativos essas informações estariam confinadas. A mídia trabalha alucinadamente bombardeando nossos olhos com imagens sangrentas e associando-as a Assad e as anexam a discursos alienatórios. Não exploram nem mesmo a possibilidade da dúvida pela autoria.
Os EUA ludibriam a população prometendo "matar pouco". Dizem que não haverá invasão, como se seus mísseis precisassem ser carregados nas costas. Se não conseguirem arrastar o Irã para a guerra (creio que é seu objetivo maior e está sendo muito bem pago pelos Sauditas e Israelenses), querem detonar as defesas sírias deixando-as a merce dos rebeldes. Rebeldes que não são sírios, são mercenários pagos pelo governo americano na tal guerra por procuração. Depois disso poderiam dizer que não foram eles que derrubaram a Assad, eles apenas o "puniram" pelo uso do gás proibido. Na contabilidade macabra, as centenas de milhares de vítimas da chuva de bombas que vão provocar, estará camuflada como um número pífio dos "ataques cirúrgicos". Apesar disso tudo, a Síria não pode ser mais destruída do que já foi e acho que essa marcha norte americana acaba por colocar Russos, Chineses e Iranianos na parede e ela própria não pode recuar. Os interesses envolvidos são tão distintos que tornaram-se inegociáveis. O ódio dominou o bom senso e ceder não será um recuo estratégico para nenhum dos lados. Nunca foi tão apropriado a eles dizer: Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.