Rússia tenta criar pretexto para invadir ainda mais a Ucrânia, diz Kerry em Kiev
Atualizada às
O
secretário de Estado dos EUA, John Kerry, rebateu os argumentos da
Rússia para justificar sua ação na Ucrânia, acusando Moscou de planejar
expandir sua ação militar para além da estratégica Península da Crimeia,
no sudeste da Ucrânia. "Está claro que a Rússia tem trabalhado duro
para criar um pretexto para ser capaz de invadir (o país) ainda mais",
disse Kerry em uma coletiva na capital ucraniana, Kiev, onde desembarcou
nesta terça-feira para discutir a crise com o governo que sucedeu ao
presidente deposto Viktor Yanukovych.
Afirmando
que agora é o momento do diálogo e não do confronto, Kerry afirmou não
haver evidências que apoiem a acusação russa de que o novo governo é
ilegítimo. "(A Rússia) ignora a realidade de que o Parlamento ucraniano,
que foi eleito pelo povo, aprovou de forma avassaladora o novo governo,
que inclui membros do próprio partido do líder deposto", afirmou Kerry.
Nesta
terça-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que a
intervenção de Putin na Ucrânia não é um sinal de força, mas um reflexo
da profunda preocupação dos vizinhos da Rússia com a interferência de
Moscou. “O presidente Putin parece ter um conjunto diferente de
advogados fazendo diferentes conjuntos de interpretações", disse Obama.
Ele disse que um pacote de ajuda dos Estados Unidos tem o objetivo, em
parte, de assegurar que a Ucrânia tenha eleições e de que eleições
legítimas mostrem que o país pode se governar sozinho.
Mais cedo, o
presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia descrito a crise na Ucrânia
como resultado de um golpe contra Yanukovych, acusando o Ocidente de
usar a decisão do líder deposto de descartar um acordo em novembro com a
União Europeia para aproximar-se mais da Rússia como desculpa para
encorajar um golpe inconstitucional na Ucrânia e direcioná-la para o
caos.
Kerry rebateu a ideia de caos afirmando que não
houve aumento de saques ou de crimes durante a atual crise. Ele também
rejeitou o argumento russo de que as tropas da Rússia são necessárias
para proteger a população de etnia russa que vive em sua maioria no
leste e no sul da Ucrânia: "Não vi ninguém sob ameaça", afirmou em
referência ao encontro que manteve com ucranianos nas ruas de Kiev.
"Exceto por uma possível ameaça da Rússia", completou.
Para
Kerry, se a Rússia quer ajudar a população de etnia russa da Ucrânia,
deveria trabalhar com o "legítimo governo ucraniano" para alcançar esse
objetivo. "Este é o século 21, e não deveríamos ver as nações em
retrocesso, comportando-se da maneira dos séculos 19 e 20", disse.
"Convidamos a Rússia a se engajar diretamente com o governo ucraniano."
Durante
a coletiva, o secretário de Estado afirmou ter sido instruído pelo
presidente Barack Obama a deixar claro que os EUA preferem que a
escalada da crise seja contida por meio das instituições internacionais,
advertindo que a Rússia sofrerá consequências se não optar por esse
caminho. "Se a Rússia não escolher a opção de trabalhar com o governo
ucraniano, então nossos parceiros não terão outra escolha do que se unir
a nós para expandir os passos adotados recentemente de isolar a Rússia
diplomática, política e economicamente", disse.
Logo
que Kerry desembarcou nesta terça-feira em Kiev, a Casa Branca anunciou
um pacote de ajuda econômica e técnica para a Ucrânia. Os EUA
oferecerão um pacote de energia de US$ 1 bilhão, além de treinamento
para instituições financeiras e eleitorais, esforços anticorrupção e
aconselhamento técnico sobre seus direitos comerciais com a Rússia.
A
Casa Branca disse que as garantias de empréstimo de US$1 bilhão têm o
objetivo de ajudar a Ucrânia a proteger-se de reduções nos subsídios de
energia. A Rússia fornece uma porção substancial do gás natural da
Ucrânia, e funcionários americanos disseram também estar preparados para
reduzir a dependência de Kiev em relação a essas importações. Segundo a
Casa Branca, a assistência visa a suplementar um pacote de ajuda mais
amplo do Fundo Monetário Internacional, que atualmente tem funcionários
na Ucrânia trabalhando com o novo governo.
*Com AP e BBChttp://ultimosegundo.ig.com.br
Este é o maior loroteiro na politíca mundial. Mente desde seu heroísmo no Vietnã.
ResponderExcluirE o que fazer com os EUA quando passam por cima da ONU, invadindo países, assassinando pessoas e pilhando tesouros arqueológicos, além de, 'reconstruir' esses mesmos países destruídos por eles próprios em nome da PAZ, cobrando um preço altíssimo?
ResponderExcluirE o que fazer com os EUA quando passam por cima da ONU, invadindo países, assassinando pessoas e pilhando tesouros arqueológicos, além de, 'reconstruir' esses mesmos países destruídos por eles próprios em nome da PAZ, cobrando um preço altíssimo?
ResponderExcluirSoa ridículo feito criança mimada acostumada a "ganhar" o jogo sempre por ser dono (a) dele; mas quando descobre que pode até ser dono (a) do jogo; mas nunca será dona (o) da liberdade de JOGAR de cada um... E como aqui e ali surgem jogadores mais interessantes e competentes que agente... só resta emburrar a cara e reclamar das regras que não estão sendo cumpridas! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK A decadência da arrogância é ridícula!
ResponderExcluirAmerica nao somos nós devemos diferenciar muintas pessoas falam como se o brasil fosse parte dos estados unidos nao isso nao e verdade nós não somos americanos nos somos brasileiros
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