Posted: 31 Mar 2013 01:08 PM PDT
Fonte da imagem: HAARP
HAARP: o projeto militar dos EUA que pode ser uma arma geofísica
Futuro da comunicação ou arma de destruição em massa? Saiba o que envolve um dos projetos mais polêmicos do governo americano.
Em
1993, começou a funcionar no Alasca (Estados Unidos) o HAARP, um
projeto de estudos sobre a ionosfera terrestre. O HAARP, que significa
“Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência”, visa a
compreender melhor o funcionamento das transmissões de ondas de rádio na
faixa da ionosfera, parte superior da atmosfera.
Segundo
relatos oficiais, o projeto tem como objetivo principal ampliar o
conhecimento obtido até hoje, sobre as propriedades físicas e elétricas
da ionosfera terrestre. Com isso, seria possível melhorar o
funcionamento de vários sistemas de comunicação e navegação, tanto civis
quanto militares (o que gera desconfiança em grande parte dos
conhecedores do HAARP).
Para
realizar estes estudos, as antenas de alta frequência do HAARP enviam
ondas para a ionosfera visando a aquecê-la. Assim são estudados os
efeitos das mais diversas interações de temperaturas e condições de
pressão.
Por que no Alasca?
A
criação das instalações foi possível graças a uma parceria entre a
Força Aérea Americana, A Marinha dos Estados Unidos e também da
Universidade do Alasca. Esta última foi escolhida a dedo, graças à
localização: a ionosfera sobre o Alasca é pouco estável, o que garante
uma maior gama de condições para os estudos.
Outro
fator que pendeu para que os pesquisadores escolhessem o Alasca é a
ausência de grandes cidades nas proximidades. Assim, não há ruídos na
captura de imagens e sinais, pois os sensores ficam localizados ao alto
de algumas montanhas. Também há informações de que este local sofreria o
menor impacto ambiental entre as áreas candidatas a receber o HAARP.
Ionosfera: íons e mais íons
Esta
faixa recebe este nome porque é bastante ionizada, ou seja, perde e
ganha elétrons com facilidade, o que a deixa em constante carregamento
elétrico. O grande agente ionizador da ionosfera é o sol, que irradia
muita carga na direção da Terra, mas meteoritos e raios cósmicos também
influenciam bastante na presença dos íons.
Fonte da imagem: Wikipédia
A
densidade dos íons livres é variável e apresenta alterações de acordo
com vários padrões temporais, hora do dia e estação do ano são os
principais pontos de variação da ionosfera. Outro fenômeno interessante
acontece a cada 11 anos, quando a densidade dos elétrons e a composição
da ionosfera mudam drasticamente e acabam bloqueando qualquer
comunicação em alta frequência.
Reflexão ionosférica
Há
frequências de ondas que são, quase, completamente refletidas pela
ionosfera quando aquecida pelas antenas HAARP. Os pesquisadores do HAARP
pretendem provar que essa reflexão pode ser utilizada como um satélite
para enviar informações entre localidades, facilitando as comunicações e
também a navegação, melhorando os dispositivos GPS utilizados
atualmente.
O
problema é que ainda não se conhecem as reais propriedades da reflexão
ionosférica. Além disso, há o fato de as propriedades da ionosfera se
modificarem durante a noite, por exemplo, quando a altitude dela aumenta
e as densidades ficam mais baixas. Essas variações tornam difícil uma
padronização para o envio de ondas, independente do comprimento delas.
HAARP: um novo modo de estudo
Há várias
formas de estudo das faixas da atmosfera terrestre. Para as camadas
mais baixas, até mesmo balões podem ser utilizados para capturar dados
sobre diferenças nas condições naturais. A camada de ozônio, por
exemplo, é verificada com balões meteorológicos que realizam medições
das taxas de radiação que ultrapassam pela atmosfera.
Fonte da imagem: HAARP
Por
ficar muito mais acima, balões meteorológicos e satélites não podem ser
utilizados para realizar medições e análises sobre a ionosfera. Por
isso o HAARP é tão importante, já que utiliza a maneira mais eficiente
de contatar o setor: antenas de emissão de ondas de frequência
altíssima.
Os
resultados são utilizados para entender como o sol influencia no sinal
de rádio em diversas faixas de frequência. Utiliza-se também um
“Aquecedor Ionosférico”, conhecido como “Instrumento de Investigação
Ionosférica”, ele transmite frequências altas para modificar a ionosfera
e entender os processos produzidos em sua composição.
Fonte da imagem: HAARP
As
antenas do Instrumento de Investigação emitem sinais para altitudes
entre 100 e 350 Km. Outros aparelhos do mesmo projeto são responsáveis
pela recepção dos sinais, interpretando-os e permitindo a criação de
relatórios sobre a dinâmica do plasma ionosférico e também sobre a
interação entre o planeta e o sol.
Aquecendo a ionosfera: riscos?
O HAARP
não é o único aquecedor ionosférico do planeta. Há também um localizado
na Noruega e outro na Rússia. Todos eles realizam o mesmo processo:
utilizam antenas de alta frequência para aquecer a ionosfera e criar uma
aurora artificial.
Fonte da imagem: HAARP
Essa
aurora artificial é muito aquecida, o que pode gerar elevação nas
temperaturas em determinadas localidades do planeta. Em uma espécie de
efeito estufa ionosférico, locais abaixo da ionosfera atingida pelas
antenas do HAARP podem ter suas temperaturas elevadas em alguns graus
centígrados.
O outro lado da moeda: as conspirações
Assim
como boa parte de tudo o que é produzido sob tutela de alguma das forças
armadas norte-americanas, o HAARP também gera uma série de
desconfianças por parte das mentes mais conspiratórias. Ameaça global ou
apenas melhorias nas tecnologias de comunicação? Confira as teorias de
conspiração que envolvem este projeto.
Arma geofísica: a denúncia russa
E nem
todas estas teorias surgem de movimentos independentes. A prova disso
aconteceu em 2002, quando o parlamento russo apresentou ao então
presidente Vladimir Putin documentos que afirmavam veementemente que os
Estados Unidos estariam produzindo um novo aparelho, capaz de interferir
em todo o planeta, a partir de pontos isolados.
Fonte da imagem: Kremlin
O
relatório dizia que o HAARP seria uma nova transição na indústria
bélica, que já passou pelas fases de armas brancas, armas de fogo, armas
nucleareas, armas biológicas e chegaria então ao patamar de armas
geofísicas. Segundo estas teorias, seria possível controlar placas
tectônicas, temperatura atmosférica e até mesmo o nível de radiação que
passa pela camada de ozônio.
Todas
estas possibilidades podem gerar uma série de problemas para as
populações atingidas. Atingindo países inteiros, desastres naturais
podem minar economias, dizimar concentrações populacionais e gerar
instabilidade e insegurança em toda a Terra.
Terremoto no Haiti
Quais
seriam os efeitos dos controles de frequência sobre as placas
tectônicas? Segundo a imprensa venezuelana a resposta é: terremoto. O
jornal “Vive” afirma que teve acesso a documentos que comprovam a
utilização do HAARP para manipular a geofísica caribenha e ocasionar os
terremotos do Haiti, que causaram a morte de mais de 100 mil pessoas.
Fonte da imagem: USAID Geographic Information Unit
Caso
esteja se perguntando os motivos para a escolha de um país tão pobre,
as teorias conspiratórias também possuem a resposta para esta pergunta.
Os Estados Unidos precisavam de um local para testar o potencial de sua
nova arma. Os testes oceânicos não davam informações suficientes e
atacar os inimigos no oriente médio seria suicídio comercial.
Afinal
de contas, terremotos poderiam destruir poços de petróleo muito
valiosos. Assim, o governo norte-americano viu no Haiti, um país já
devastado, o perfeito alvo para seus testes. Sem potencial econômico e
sem possuir desavenças com outros países, dificilmente haveria uma crise
diplomática com a destruição do Haiti.
Bloqueio militar
Outra
teoria bastante defendida diz que os Estados Unidos poderiam causar um
completo bloqueio militar a todas as outras nações do mundo. Causando
interferências nas ondas habituais, impedindo que qualquer frequência
seja refletida pela atmosfera e até mesmo que dispositivos de
localização possam ser utilizados.
Para
isso, a defesa norte-americana só precisaria aquecer a ionosfera com
seus aquecedores HAARP. Com a potencia correta, todo o planeta ficaria
em uma completa escuridão geográfica. Então, apenas quem possui o
controle do aquecedor ionosférico poderia ter acesso aos dados de
localização e navegação de seus veículos militares.
Fonte da imagem: Marku 1988
Também
se fala em mapeamentos de todo o planeta em pouco minutos, pois as
ondas de frequências extremas poderiam criar relatórios completos de
tudo o que existe na superfície terrestre. Elementos vivos ou não, tudo
poderia ser rastreado pelas ondas do HAARP. Pelo menos é o que dizem as
teorias conspiratórias.
Controle mental
Existem
ondas de rádio em diversas frequências, por mais que não sintonizemos
nossos rádios para captá-las, elas estão no ar. O som também é emitido
em frequências e há amplitudes delas que os ouvidos humanos não são
capazes de captar, mas isso não quer dizer que elas não existam. Somando
estes dois pontos, temos mais uma teoria conspiratória.
Utilizando
uma mescla de ondas de rádio com frequência sonora, os Estados Unidos
poderiam manipular a mente coletiva para que algum ideal fosse defendido
ou algum governo rival fosse atacado. Enviando as informações para toda
a população em frequências que não poderiam ser captadas por aparelhos,
não demoraria para que a “lavagem cerebral” estivesse concluída.
Há
quem diga que este tipo de manipulação será utilizado em breve no Irã. O
governo atual não é favorável às políticas norte-americanas, portanto
seria vantajoso que o povo se rebelasse contra os seus líderes.
Mensagens antigoverno seriam incutidas na mente do povo iraniano com o
auxílio das antenas HAARP.
Nota sobre as teorias conspiratórias
É
necessário lembrar que estas teorias são originadas em fontes que,
muitas vezes, não possuem informações concretas sobre os assuntos
tratados. Logo, a utilização delas neste artigo possui fins ilustrativos
e não devem ser encaradas com verdades absolutas.
Pura ficção?
No
desenho G.I. Joe: Resolute, o programa HAARP é capturado por vilões que
desejam transformar o potencial do projeto em uma arma de destruição em
massa. Além dos danos que citamos nas teorias conspiratórias, nesta
história as antenas transformavam-se também em canhões de energia.
Enviando
enormes quantidades de energia para a ionosfera, que refletia toda a
energia, os vilões poderiam acabar com qualquer lugar do planeta, apenas
mirando e concentrando o poder energético das antenas de frequências
altíssimas localizadas no Alasca.
Quando
se fala no mundo real, tudo o que se tem de concreto sobre o HAARP é
que estudos são feitos constantemente sobre a ionosfera terrestre para
que ela possa ser transformada em uma antena de transmissão de
informações, beneficiando as comunicações e sistemas de navegação.
Fonte da imagem: HAARP
Mas
será que é somente para isso que os investimentos bilionários do
governo norte-americano estão sendo utilizados? Nunca foram revelados
dados concretos sobre o dinheiro empregado no projeto, mas há
especulações de que mais de 200 milhões de dólares sejam gastos por ano
com as antenas do HAARP.
.....
O que
você pensa sobre tudo isso? Será mesmo que as intenções do governo
americano são baseadas nos estudos dos benefícios da ionosfera para as
comunicações ou isso é apenas álibi para pesquisas sobre armas
geofísicas? Deixe um comentário contando o que pensa sobre este poderoso
projeto situado no Alasca.
Veja no post do Meu blog:
Fonte:donimarin
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