A mídia ocidental e alguma mídia árabe estão a travar uma extensa guerra informativa contra a Síria usando os meios mais modernos. A sua particularidade é o fluxo de informação destinado a desacreditar o poder legal.
Isso foi objeto de uma declaração efetuada na terça-feira pelo
presidente do comitê da Duma de Estado para a política de informação,
tecnologias de informação e comunicações Alexei Mitrofanov numa sessão
alargada do comitê que contou com a presença de uma delegação síria
chefiada pelo ministro da Informação Omran az-Zoabi.
Por sua vez, Omran az-Zoabi confirmou que, segundo as suas
informações, 85 por cento dos rebeldes são estrangeiros e que a guerra
informativa se transformou hoje na arma principal dos mercenários neste
conflito armado.
A torrente de mentiras absurdas sobre a Síria não tem precedentes,
mesmo pelos padrões da guerra informativa moderna, e serve como a melhor
prova sobre os esforços e os meios financeiros que lhe são atribuídos.
Entretanto, a mídia oficial síria está praticamente desprovida da
possibilidade de transmitir ao mundo a verdadeira imagem dos
acontecimentos, referiu Alexei Mitrofanov:
“Aquilo que se passa agora à volta da Síria é, sem dúvida, uma guerra
informativa mundial. Nela são tomadas medidas para que a informação do
outro lado não tenha qualquer difusão no resto do mundo. Basta dizer que
hoje as televisões sírias não têm acesso aos satélites estrangeiros,
eles estão praticamente bloqueados. Contudo, a visita do ministro da
Informação da República Árabe da Síria a Moscou é um rompimento desse
bloqueio, é uma tentativa de contar uma outra verdade. Quem se dedica a
observar o conflito compreende que a situação real na Síria é hoje
diferente da que é apresentada pela mídia ocidental. Nos últimos três
meses, o exército tem estado a levar a cabo uma bem-sucedida operação
contra os rebeldes vindos de fora, ele compreendeu a força que tem e
está a operar de uma forma segura. Entretanto, a mídia ocidental afirma
que os rebeldes estão quase a tomar Damasco, dentro de mais um dia ou
dois.”
Além disso, alguns canais televisivos ocidentais e árabes até sabem
com antecedência quais serão os locais dos possíveis atentados
terroristas, declarou Omran az-Zoabi, e por isso poderão ser
considerados, sem qualquer dúvida, como cúmplices do derramamento de
sangue na Síria:
“A Arábia Saudita e o Qatar ofereceram muito dinheiro a cidadãos
sírios, incluindo jornalistas, para que eles se passem para o outro
lado. Infelizmente, por vezes eles conseguem recrutar as pessoas. Porém,
a maioria dos jornalistas se recusou a fazer o jogo deles. Ainda antes
de eu me tornar ministro da Informação, eu disse numa entrevista a uma
jornalista da televisão Al Arabiya que ela tinha transmitido a notícia
sobre uma explosão ainda antes de ela acontecer. Neste momento, nós
seguimos as transmissões televisivas: quando eles começam a falar de uma
explosão, sobre uma bomba ou sobre as vítimas, nós sabemos que isso não
está a acontecer nesse momento, mas está para muito breve.”
Omran az-Zoabi sublinhou que dezenas de canais de televisão e de
rádio sírios estão sob ameaça – muitos responsáveis por programas estão
presos e há jornalistas que não se apresentam ao trabalho por temerem
pelas suas vidas.
Voz da Rússia
E apesar de tensão crescente quanto a Síria...
EUA vão continuar a negociar com a Rússia sobre a Síria
© Voz da Rússia
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As autoridades norte-americanas pretendem continuar as consultas com a Rússia sobre a questão síria, declarou esta sexta-feira o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
"Apesar
de não concordarmos com a posição da Federação da Rússia em relação a
esta questão, pretendemos continuar a discutir com Moscou, bem como com
os membros do Conselho de Segurança da ONU, a questão da essência do
regime de Assad", declarou ele em um briefing em Washington.
Além
disso, Washington irá trabalhar com os parceiros, aliados e a oposição
síria para determinar finalmente se as armas químicas foram utilizadas na Síria.
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