UND: kkkk lendo isso, vejo um verdadeiro laboratório onde a ONU se investe no poder de polícia ativa na RDC. Não deixa de ser um novo modelo a ser copiado quiça em outras nações e ocasiões necessárias, algo sem precedentes na história, e que se tornará o novo normal a serviço dos planos da elite global.
ONU pode usar força letal contra rebeldes na RDC -Rep.Dem.do Congo
Decisão não tem precedentes na história da ONU; general brasileiro está à frente da missão da organização no país
Mapa da RDC
Há algo diferente nos soldados de capacete azul nas
trincheiras e blindados brancos posicionados nos limites da cidade de
Goma, na província do Kivu Norte, no extremo leste da República
Democrática do Congo - o principal foco do conflito no país.
Soldados da ONU sobem a montanha de Muningim, na República Democrática do Congo
A presença de tropas das Nações Unidas na
região não é novidade para a população. O organismo é visto pelos
moradores com uma boa dose de descrédito, principalmente depois que
rebeldes do M23 conseguiram invadir a cidade
sem enfrentar resistência da ONU no fim do ano passado ( eles se retiraram logo depois
).
Mas hoje também estão presentes atrás das trincheiras
são tropas diferentes daquelas que observaram passivas a tomada da cidade.
Um novo mandato, endurecido, foi autorizado pelo Conselho de Segurança
após a invasão.
Ele cria a chamada Brigada de Intervenção, uma unidade
fortemente armada e treinada, e dá autorização para que os capacetes
azuis usem "todos os meios necessários" para conter as ações dos
rebeldes e até atacá-los em ações preventivas – em uma decisão sem
precedentes na história das Nações Unidas.
Também mudou o perfil do homem responsável por comandar
as tropas. O novo comandante da força é o brasileiro Carlos Alberto dos
Santos Cruz. Ele estimula seus subordinados a implementar as "novas
ordens" de Nova York e retaliar, se necessário com força letal, uma
eventual nova agressão em larga escala por parte dos rebeldes.
Mas não é só isso. Santos Cruz está tentando impor um
novo ritmo à missão, mais ativo. Ele quer respostas rápidas de seus
comandantes para qualquer agressão de grupos rebeldes contra a ONU ou a
população. Também está tentando deslocar para as regiões mais críticas com
armamentos que estavam em bases mais remotas e não vinham sendo
utilizados.
Mas a tarefa é complicada, especialmente devido à
dimensão continental do país. Os rebeldes atacam áreas remotas e fogem
em seguida para a selva. Mesmo com mais de 20 mil capacetes azuis não é
possível estar em todos os lugares. Além disso, mover rapidamente a
estrutura colossal e complexa da ONU não é tarefa fácil.
Montanhas Muningi
É difícil a subida da montanha de Muningi, coberta de
fuligem e material vulcânico expelido por anos pelo Nyiragongo. Santos
Cruz e seus oficiais a escalaram na última sexta-feira para checar as
instalações de defesa da cidade.
Logo no início da subida, começam a aparecer entre a
vegetação baixa as primeiras trincheiras sinalizadas com a bandeira azul
e branca da ONU.
A cadeia montanhosa circunda Goma e foi ocupada
recentemente por tropas da Brigada de Intervenção. "É uma estratégia
clássica de defesa, da época da Segunda Guerra", disse o general.
Santos Cruz dá um ritmo rápido à subida na montanha. Os
soldados sul-africanos nas fortificações parecem surpresos ao ver o
comandante geral em pessoa à frente da marcha.
Em cada trincheira, o brasileiro examina foguetes tipo
RPG, metralhadoras pesadas e lançadores de granadas. Ele orienta os
homens sobre em que ocasião usar cada tipo de arma.
Oficiais reforçam para seus soldados a determinação
decorrente do novo mandato da ONU em relação as regras de combate. Os
capacetes azuis devem atirar para o alto, em sinal de advertência, caso
indivíduos ou grupos armados se aproximem da montanha. Se o avanço
continuar é preciso usar a força letal.
Ou seja, segundo as regras em vigor, se membros da ONU,
instalações do organismo ou civis forem ameaçados, é permitido atirar
para matar.
Mais acima na montanha, oficiais indianos e sul-africanos
responsáveis pela área orientam Santos Cruz sobre pontos para onde ele
deve apontar seu binóculo: são as posições no M23 nas montanhas
imediatamente vizinhas.
Combate
O nível de tensão vinha aumentando na região desde maio.
Na tarde de domingo o confronto explodiu entre tropas do governo
congolês e membros do M23.
Segundo uma fonte na ONU, houve mais de sete horas de
combate entre as duas forças, em frente às montanhas Muningi, em área
rebelde. Os capacetes azuis não teriam participado do conflito.
Nos últimos dez dias, ao menos duas escaramuças haviam
ocorrido na região, mas em menor escala. Indivíduos armados dispararam
contra posições da ONU e foram atingidos (ainda não há informações
precisas sobre os casos). Nenhum capacete azul foi atingido.
O norte da província também registrou ataques na semana
passada, na região de Beni. Um grupo contrário ao governo de Uganda
atacou um vilarejo – fazendo com que mais de 30 mil refugiados cruzasse a
fronteira do país vizinho.
Diante do clima de tensão crescente, o general Santos
Cruz tenta movimentar a máquina militar da ONU. Ações dos capacetes
azuis nos próximos dias não estão descartadas.
http://ultimosegundo.ig.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Em observação... Adm.
Qualquer comentário que for ofensivo e de baixo calão, não será bem vindo neste espaço do blog.
O Blog se reserva no direito de filtrar ou excluir comentários ofensivos aos demais participantes.
Os comentários são livres, portanto não expressam necessariamente a opinião do blog.
Usem-no com sapiência, respeito com os demais e fiquem a vontade.
Admin- UND-HN