Atualizado-Apagão em uma parte do Brasil; governo descarta temores de apagão
Por Leonardo Goy
BRASILIA
05 de fevereiro (Reuters) - Algumas das regiões mais populosas do
Brasil sofreram quedas de energia esporádicas na terça-feira, aumentando
os temores de escassez, em um país de ano eleitoral com uma longa
história de apagões.
A escassez, o que ocorreu
durante a escalada de calor e baixos níveis dos reservatórios das usinas
hidrelétricas do país, foram causados por curtos-circuitos em linhas
de transmissão no estado centro-norte do Tocantins, disse operador da
rede nacional do Brasil, o ONS.
As
interrupções estendidas para até 6 milhões consumidores e usuários
industriais no Brasil de maiores cidades, as regiões de uso pesado mais
para o sul e em toda as partes do cinturão agrícola do país, no
centro-oeste.
O governo na terça-feira se moveu rapidamente para descartar a preocupação de que as faltas eram sintomas de um problema maior. A presidente Dilma Rousseff, já lutando com uma economia lenta e
mal-estar do consumidor por causa do aumento dos preços, enfrenta uma
reeleição este ano.
Apenas um dia antes das interrupções acontecerem, ministro da Energia,
Edison Lobão disse aos jornalistas que "não vemos qualquer risco de
escassez de energia."
Recorde de calor em janeiro e uma falta de chuva
prolongada não deixaram reservatórios das hidrelétricas em níveis
baixos, o que obrigou as empresas de energia para complementar a oferta
hidrelétrica do Brasil através da compra de energia a partir de usinas
movidas a térmica. Se os
consumidores enfrentam mais interrupções ou contas mais altas por causa
da mescla de energia mudar, os problemas de energia poderiam influenciar a
votação em um país onde apagões levou ao racionamento de energia tão
recentemente quanto 2002.
As interrupções, de acordo com o operador da rede,
aconteceram quando os curtos-circuitos provocaram uma corte deliberado na
transmissão de algumas distribuidoras. O corte, disseram as autoridades, manteve a escassez de ser ainda mais difundida.
O sistema "funcionou da mesma
forma que é suposto para trabalhar", disse Maurício Tolmasquim,
presidente da Empresa de Pesquisa Energética, uma agência governamental,
numa conferência de imprensa.
Empresas
relatando interrupções incluído aquelas que servem duas maiores áreas
metropolitanas do Brasil: AES Eletropaulo SA, distribuidora de São
Paulo, e Light SA, o principal distribuidor no Rio de Janeiro. Nove outros utilitários também experimentaram a escassez, disse o governo.
Autoridades disseram que eles
precisam investigar o que causou os curto-circuitos, mas acrescentam que não eram o resultado de qualquer tipo de excesso de capacidade ou
por causa da crescente demanda na grade.
Capacidade
de energia existente no Brasil pode fornecer cerca de 50 por cento a
mais do que jamais foi exigido durante os períodos de pico de uso,
disseram.
No entanto, as falhas acontecem num momento em que os brasileiros
querem mais energia para condicionadores de ar, ventiladores e geladeiras. Janeiro foi o mês mais quente já registrado em partes do Brasil, incluindo a sua maior cidade, São Paulo.
Reservatórios em regiões Sul e Centro-Oeste do país estão em cerca de 40
por cento da sua capacidade, de acordo com números do governo. A capacidade média em fevereiro passado, que também
foi mais seco que o normal, foi de cerca de 45 por cento, enquanto a
capacidade de os reservatórios, há dois anos estava em 80 por cento.
Tolmasquim disse na terça-feira que o governo vai avaliar os custos para
completar a hidroeletricidade dos serviços públicos de energia gerada
por térmicas e poderia considerar alívio financeiro para as empresas.
Enquanto isso, funcionários do governo, como muitos em todo o Brasil, estão à espera de chuva.
"Você nunca está sem chuva para sempre", disse Hermes Chipp, diretor do ONS, o operador da rede. "A estação das chuvas pode chegar atrasado, mas finalmente ela chegará."
Conversa mole. Se existisse essa reserva não seria preciso ter colocado em funcionamento as usinas térmicas com custo muito mais elevado. Hoje existem empresas deixando de produzir para vender a energia elétrica que compraram no "mercado". Nosso sistema de geração e transmissão de energia é uma colcha de retalhos. Sem investimentos necessários, parece mais um Frankenstein ao sabor dos ventos. No dia em que forças exteriores ou internas tiverem a intenção de desestabilizar o governo, basta pensar em sabotar o sistema. Algumas bananas de dinamite em 02 ou 03 pontos estratégicos e eis um cenário perfeito para gerenciar o caos.
ResponderExcluirSe alguém do PSDB ler isso que vc escreveu, Aécio Neves já estaria eleito presidente.
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