Sob o espectro da Guerra

Ucranianos 'lutarão guerra contra a Rússia'

 

Um político ucraniano diz que seu país está pronto para lutar contra a Rússia, a Grã-Bretanha adverte sobre "outras consequências" contra Moscou.

Veja links em inglês:

Ukraine Troops 'Ready To Fight' View Video

Ukrainian 'Self-Defence' Forces Train In Kiev View Gallery

Crimea Votes To Join Russia View Gallery

Ukraine's Strategically-Important Peninsula View Video

Putin Defends Crimea Vote View Video

Joe Biden On Eastern Europe Tour View Article

Close

Imagem Interativa: Crise na Crimeia: Ucrânia 'Pronta para Guerra'

 

Um dos mais importantes políticos da Ucrânia disse a Sky News que  o seu país está pronto para lutar se soldados russos cruzam a fronteira da Crimeia para o continente da Ucrânia .

Serhiy Taruta, governador da cidade oriental de Donetsk, advertiu: "Nós vamos ter uma guerra  e nosso povo vai pegar em armas e eles vão proteger o nosso país.".

O tenso impasse vem depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin aprovou um projeto de lei para a anexação da Crimeia e defendeu as ações de seu governo em um discurso para as duas casas do parlamento em Moscou.

Seu discurso coincidiu com um concerto e uma corrida, celebrando laços entre a Rússia e a Crimeia, na Praça Vermelha da cidade.

De acordo com o decreto, o que poderia ser finalizado mais cedo na sexta-feira, Crimeia vai abandonar a moeda da Ucrânia, a hryvnia, e adotar o Rublo da  Rússia  dentro de um mês.

É também devido a modificar os fusos horários - adoptando, horário de Moscou, que é de duas horas à frente de Kiev - em 30 de março.
 

Um batalhão ucraniano treina em uma base perto da capital do país, Kiev

A península também está oferecendo  aos soldados da Crimeia a chance de se juntar ao exército russo.

Ucrânia já convocou 20 mil soldados  de reserva e um outro com 20.000 a partir de sua Guarda Nacional recém-formada para proteger o continente contra qualquer movimento russo através da sua fronteira oriental.

Armadilhas enormes de tanques  foram colocadas em postos de controle e uma trincheira de 60 milhas foi escavada ao longo da fronteira como preparações defensivas a  reunir ritmo.

Sky News Chief Correspondent Stuart Ramsay, que está perto da fronteira com a Rússia e a Ucrânia, disse: "A terra aqui é extremamente aberta.

A uma curta distância, milhares de tropas russas vêm realizando manobras nos  últimos dias.

"Se decidir vir para a Ucrânia, esta é a maneira que eles virão - e não há nada que alguém possa fazer para impedi-los."

Enquanto isso, o primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk disse que ser um  membro da OTAN "não estaria na agenda de seu país".

Nos termos dos acordos da Otan, um ataque a um membro é um ataque a todos os membros - o que significa que  o Ocidente teria que defender a Ucrânia se  ela se junta à Otan.

Sr. Yatsenyuk também disse que as forças Ucrânia vão desarmar todos os "grupos ilegais, independentemente de seus objetivos".

Bandeiras da Rússia e da Crimeia voam acima da Prefeitura em Bakhchysarai, Ucrânia

A UE e os EUA impuseram proibições de viagens e congelamento de bens de altos funcionários de Moscou e o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que " haverá maiores conseqüências" se a Rússia tomar novas medidas para desestabilizar Ucrânia.

O chanceler francês, Laurent Fabius, cancelou uma viagem a Moscou na terça-feira para atender o seu homólogo russo por causa da "evolução da situação".

Durante um referendo no domingo, quase 97% dos eleitores na  Crimeia disseram que queriam romper com a Ucrânia e se juntar a Rússia.

A península foi declarada um estado independente pelo seu parlamento, apesar da condenação generalizada do que muitos consideram como uma pesquisa ilegal.

O ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev elogiou o voto na  Crimeia como um "acontecimento feliz" e mostrou "as pessoas realmente queriam voltar para a mãe Rússia".

As tropas russas ficam de guarda na capital da Criméia Simferopol

Em seus comentários, publicados no jornal on-line Slon.ru, ele disse que o referendo da Crimeia deu um exemplo para as pessoas de língua russa no leste da Ucrânia, que também deve decidir seu destino.

A intervenção das forças russas na Crimeia segue destituição do presidente ucraniano, e aliado do  Kremlin ,Viktor Yanukovich no mês passado.

Sky News