União Europeia pretende desferir um novo golpe no sigilo bancário
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Se
o processo for coroado de êxito, durante o próximo ano será preparado
um texto juridicamente obrigatório desse documento. E o sistema de troca
automática de informações sobre rendas que estas ou aquelas pessoas
recebem de seus depósitos, funcionará já a partir do início de 2015.
Foi
alcançado progresso também nas conversações com a Áustria e Luxemburgo,
que antes eram contra as iniciativas da maioria. Agora resta entrar em
entendimentos com tais países como Liechtenstein, Mônaco, Andorra, San
Marino e, naturalmente, a Suíça. Pois se eles ficarem de fora, os
depositantes que não quiserem tornar públicas suas rendas, não terão
problemas em transferir para lá seus recursos.
Aliás,
os especialistas não duvidam de que a UE encontrará argumentos para
convencer estes países, refere o economista Serguei Khestanov:
“Países
pequenos, que constroem sua economia na base do sigilo bancário,
encontram-se sob forte pressão por parte de países mais desenvolvidos.
Até mesmo um país tradicionalmente conservador como a Suíça deu grandes
passos ao encontro da troca de informações sobre os depositantes. Em
face disto, parece irrealista o desejo dos pequenos países de conservar o
sigilo bancário em sua jurisdição.”
Já
começou o regateio com países europeus que não fazem parte da UE.
Assim, o Liechtenstein, para começar, quer obter anistia fiscal para os
clientes de seus bancos. O mesmo quer a Suíça para seus depositantes da
Alemanha. Aliás, os EUA, no passado recente, já conseguiram convencer
Berna a ser mais conciliadora – agora a Suíça fornece informações sobre
as contas dos cidadãos americanos.
É
assim que, lenta, mas inexoravelmente, o sigilo bancário passa a ser
uma coisa do passado, pelo menos na Europa. O processo favorece os
países que, em virtude da sonegação de impostos, perdem enormes somas.
Segundo avaliações da Comissão Europeia, as perdas anuais dos orçamentos
atingem trilhões de euros. Para além disso, o setor bancário se debate
com o problema da evasão de recursos, constata o economista, colaborador
da Academia de Ciências da Rússia, Vladislav Belov.
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