A Rússia anunciou pela primeira vez nesta quarta-feira que
retirou famílias de seus diplomatas da Síria, mas afirmou que não
planeja uma retirada em ampla escala de dezenas de milhares de seus
cidadãos que moram no país árabe.
Crianças sírias viajam em caminhonete em Aleppo (02/01)
O ministro de Relações Exteriores Serguei
Lavrov também tentou diminuir o significado de retirar 77 cidadãos da
Rússia, afirmando que os dois voos que os levaram a Moscou nesta quarta
não eram o início de um grande esforço de resgate como muitos
suspeitavam.
Segundo o chanceler, cerca de 1 mil de dezenas de
milhares de russos contataram as autoridades consuladores para expressar
seu desejo de deixar a Síria, mas afirmou que não há um plano em larga
escala.
A Rússia é a principal aliada do presidente sírio, Bashar
al-Assad, protegendo-o de sanções da ONU relacionadas à repressão de
seu regime ao levante popular iniciado em março de 2011. Moscou também
continuou fornecendo a Damasco armas mesmo quando a mobilização popular
tornou-se uma guerra civil, acrescentando equipamento aos grandes
arsenais de armas soviéticas e russas que a Síria recebeu durante
décadas passadas.
A ONU diz que mais de 60 mil morreram no conflito até
agora. Os 77 russos que saíram da Síria pegaram ônibus em direção a
Beirute na terça, de onde eles voaram durante a madrugada em dois aviões
fornecidos pela Ministério de Situações de Emergência da Rússia.
Alguns analistas viram sua retirada como o possível
início de uma difícil e perigosa operação para resgatar russos na Síria
enquanto os rebeldes obtêm avanços na sua luta para depor o regime de
Assad.
Em sua coletiva nesta quarta, o chanceler russo também
disse que não pode haver uma resolução pacífica para o conflito na Síria
enquanto os opositores de Assad exigirem sua saída do poder e se
recusarem a negociar com seu governo.
"Tudo vai de encontro com a obsessão dos membros da
oposição com a ideia de depor o regime de Assad. Enquanto essa posição
irreconciliável continuar em vigor, nada bom acontecerá, a ação armada
continuará, pessoas morrerão", disse Lavrov.
http://ultimosegundo.ig.com.br*Com AP e Reuters
Fiquei com pena dessas crianças =(
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