Protestos na Turquia intensificam tensão em região tumultuada
Vizinha da Síria, cuja guerra civil deixou mais de 90 mil mortos, Turquia é palco de manifestações contra o premiê Erdogan
Istambul é a antiga capital do Império Otomano, um dos
maiores da história. Cidade encantadora, com atrações turísticas e,
principalmente, receptividade da população local. Após a primeira guerra
mundial, firmaram como característica turca ser um país secular com uma
maioria de muçulmanos, com atrações turísticas como o Palácio do Califa
e a ex-Igreja de Santa Sofia, um mercado de rua em que tudo é
oferecido, vários lugares históricos, praias, lagos, montanhas.
AP
Praça Taksim fica cheia de gás lacrimogêneo durante confrontos entre manifestantes e policiais antidistúrbio em Istambul (11/06)
Em Istambul, há uma vasta praça rodeada por
comércios em geral, cafés, ponto de encontro da juventude. O governo
anunciou que o local seria transformado numa série de edifícios. Os
jovens se revoltaram, e a polícia foi para cima. Chocados com a
violência, estudantes tomaram o largo
, passaram a exigir a renúncia do primeiro-ministro Recep Erdogan,
opondo-se ao aparente plano de tornar a Turquia um país muçulmano
radical. Não se pode saber quais serão as consequências finais dessas
demonstrações.
O sonho turco é ser aceito como membro da União Europeia,
que sempre foge pela tangente. Membros do bloco europeu temem uma onda
de imigração, com passaporte europeu, oferecendo mão de obra barata,
causando desemprego em outros países. Colada à Turquia, com quem as
relações nunca foram amigáveis, está a Síria, onde a guerra civil já
deixou mais de 90 mil mortos
. De seus 23 milhões de habitantes, mais de 1,5 milhão se tornaram refugiados
. A ONU acredita que haverá 3 milhões até dezembro. Então, as Nações Unidas pediram mais de US$ 5 bilhões de reforço
para atender necessidades de vítimas de conflitos civis.
Na fronteira com Síria, existe Israel. Desde 1948,
está juridicamente em estado de guerra com países arabes, aos quais já
enfrentou em quatro grandes embates. Só na área entre Gaza e Jordânia,
há quase 6 milhões de palestinos, cuja Autoridade Palestina (AP) aceita
negociar sob condições prévias, como um Estado nas linhas de fronteira
anteriores à Guerra dos Seis Dias (1967) e com Jerusalém Oriental como
capital.
Israel não quer abrir mão de Jerusalém. A questão dos territórios ocupados será resolvida com muita criatividade.
O então jovem estudante americano John kennedy esteve na
Terra Santa, antes da Segunda Guerra Mundial, aos 22 anos. Ele disse que
a única solução do conflito eram “Dois Estados para Dois Povos”, ideia
assumida há poucos anos, como condição para a paz.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, defende essa
ideia. O presidente da AP, Mahmud Abbas, também. Chegam a dizer que a
retomada de conversações pode ocorrer por causa dos esforços do novo
secretário de Estado americano, John Kerry. No fim do mês, o partido
governista Likud, de Netanyahu, reúne-se, e existe maioria contrária a
quaisquer concessões para a paz. Há, ainda, muitas mais crises por aí,
mas bastam essas para se perder o sono.
*Com colaboração de Nelson Burdhttp://ultimosegundo.ig.com.br
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