Na sua tentativa de reconstruir o
passado da vida, o homem têm como seu objetivo compreender e interpretar
esse passado, além de estabelecer seu relacionamento com o presente.
Para isso, os paleontólogos utilizam fósseis como objeto de estudo, os
quais permitem conhecer a vida em outras épocas.
Fósseis, em um sentido mais amplo, são
quaisquer vestígios deixados por seres vivos. Se você colocar a sua mão
em uma camada de lama e depois retirá-la e, por um milagre ela resistir
ao tempo, você também terá um fóssil. Muitas pessoas pensam que o
registro fóssil é caracterizado apenas por ossos fossilizados, porém,
não é assim. Discussões à parte, o importante é que existem fósseis.
Através destes, podemos contemplar a beleza que havia antigamente no
planeta Terra, bem como valorizar ainda mais a beleza existente.
Confira abaixo algumas das mais incríveis espécies da pré-história:
Quetzalcoatlus
Diretamente do Cretácico superior, o
Quetzalcoatlus é um pterossauro que habitava a América do Norte há cerca
84-65 milhões de anos. Foi o maior pterossauro conhecido e tinha a
maior envergadura de qualquer animal voador conhecido. É nomeado Quetzalcoatl devido a serpente emplumada da mitologia asteca.
Dunkleosteus terrelli
Há mais de 360 milhões de anos, o Dunkleosteus terrelli
era um dos manda-chuvas dos oceanos, isto é, ele era um predador voraz.
Viveu durante o período Devoniano, mais conhecido como Idade dos Peixes,
pela grande biodiversidade marinha que existiu nesse período. Tinha a
cabeça e o tórax coberto com placas duras parecidas com uma blindagem
que chegavam a 5 cm de espessura, embora a cauda ainda não foi
encontrada.
Plesiossauro
Plesiossauros não são uma espécie, mas
sim uma ordem de várias espécies de répteis marinhos extintos. Dois
tipos ecológicos de plesiosauros podem ser distinguidos, o primeiro é
composto por animais de pescoço longo e cabeça pequena, enquanto o
segundo continha animais de pescoço curto e cabeça alongada. Ambas
possuíam o tronco rígido e pesado, membros que funcionavam como remos e
as narinas localizadas no alto da cabeça, imediatamente em frente aos
olhos.
Eram predadores extremamente vorazes,apanhando peixes velozmente.Archaeopteryx
Embora também não seja uma espécie, mas
sim um gênero de aves primitivas, as espécies do gênero Archaeopteryx
são de extrema importância para a ciência, pois ligam dinossauros à
aves. Embora possuísse penas, ela não voava. Até hoje, o mais famoso
desse gênero é o A. lithographica.
A excelente conservação desta
ave-dinossauro é um dos aspectos mais marcantes, daí sendo possível
obter muitos dados a partir de um único fóssil, já que aves-dinossauros
são relativamente raros na paleontologia.
Entelodon
O Entelodon é parente dos atuais porcos e javalis, porém, é muito mais agressivo que estes. As evidências apontam que o Entelodon
era um onívoro, isto é, se alimentava de tudo, porém, acredita-se que
eram caçadores, chegando a competir com os ancestrais dos lobos.
Pesavam cerca de 1 tonelada, o que lhes davam uma vantagem perante os
demais competidores do mundo natural.
Como muitos mamíferos do período Eoceno –
apenas 30 milhões de anos ou mais depois que os dinossauros foram
extintos – o Entelodon também tinha um cérebro muito pequeno para seu
tamanho, e provavelmente não foi o mais brilhante onívoro no bloco
pré-histórico.
Megatherium americanum
Conhecido simplesmente como Megatério, ou Besta gigante, é um ancestral pré-histórico do bicho-preguiça e, devido a seu tamanho, foi chamado de Megatherium americanum (do grego, mega=grande e therion=besta).
Era do tamanho de um elefante de porte médio e comia folhas como tal,
em enormes quantidades. Passava o dia todo comendo folhas de árvores e
arbustos, utilizando sua língua comprida para obtê-las e manejando os
galhos com suas garras que eram grandes e fortes.
Os exemplares adultos superavam os 6
metros de altura e pesavam várias toneladas. Os habitantes da Idade da
Pedra compartilharam sua existência com as últimas preguiças gigantes
viventes. Geralmente, estes seres faziam parte de um ecossistema
conhecido como megafauna.
A megafauna era composta por animais de
geralmente grande porte que conviveram com os seres humanos e
desapareceram após a última era do gelo, que ocorreu há 12-10 mil anos
atrás. Entre os principais seres da megafauna estão os mamutes, as
preguiças-gigantes, os tatus-gigantes e outras espécies de grandes
proporções.
Mamute
O mamute, também ao contrário do que
muitos pensam, não é uma espécie, mas sim um gênero da família dos
elefantes. Existem cerca de 15-10 espécies de mamutes catalogadas,
algumas, inclusive, com perfeito estado de conservação. Apresentavam
trombas e presas de marfim encurvadas, que podiam ter 5 metros de
comprimento. Ao contrário de seus parentes que sobreviveram, eles
apresentavam pelos que cobriam o corpo inteiramente.
Os exemplares encontrados apresentam
cerca de 4-5 metros de altura e 5-4 toneladas, podendo variar conforme
as diferentes espécies de mamutes.
Nossos ancestrais utilizavam os mamutes
como fonte de alimentação, além de outros usos para seus ossos e couro.
Acredita-se que o homem teve um papel importante na extinção dos
mamutes, além, é claro, das mudanças climáticas que também tiveram papel
determinante no desaparecimento desse gênero.
Velociraptor
Outro gênero de dinossauros que viveram
no período Cretáceo. Eram um gênero de dinossauros relativamente
pequenos, pesando cerca de 80 quilogramas e 1,5-1 metro de altura.
Embora pequeno, era leve, rápido e com o cérebro bastante desenvolvido.
Assim como seu parente de família taxonômica, possuía garras em forma
de foice no segundo dedo da pata. Possuía dentes curvos curvos e
serrilhados e, em alguns casos, penas.
Ao que indicam as evidências, eles caçavam em grupos e alimentavam-se de animais de pequeno e médio porte.
Tiranossauro rex
Conhecido popularmente como “Rei dos
tiranos”, o Tiranossauro rex foi um dos maiores predadores que já
habitaram o planeta Terra. Estima-se também que suas musculosas pernas
permitiam que o animal atingisse uma velocidade superior a quarenta
quilômetros por hora em uma corrida livre. Hoje, se conhecem mais de
trinta sub-espécies de tiranossauros rex, quase todas com fósseis
completos em perfeito estado, e é exatamente essa abundância de material
fóssil disponível que permitiu que esses animais fossem profundamente
estudados pela ciência para se descobrir os principais aspectos de sua
biomecânica, apesar de que sua fisiologia e seus hábitos diários ainda
são frutos de debate até hoje.
A cabeça do T-rex media cerca de 1,2m de
comprimento e era sustentada por um pescoço curto e forte. Suas
mandíbulas eram tão grandes que podiam engolir um humano inteiro. Seus
dentes eram grandes e afiados para morder sua presa. Uma vez que o T-rex
mordia sua comida, ela não tinha chance de escapar dos afiados dentes.
Se um dente quebrasse nas lutas, ele crescia de novo.
Como foi o primeiro fóssil carnívoro a
ser totalmente remontado, tornou-se uma figura extremamente famosa nos
filmes e na cultura popular. Alguns filmes como Jurassic Park colocaram
os T-rex como grandes vilões.
Nuralagus rex
O Nuralagus rex era um coelho
gigante que vivia há cerca de 3 milhões de anos atrás. O animal,
descrito a partir de centenas de fósseis – incluindo um crânio quase
completo –, tinha mais do que o dobro do tamanho do maior coelho
encontrado atualmente na natureza. Ele media quase 1 metro de
comprimento e pesava 12 quilogramas – o dobro de uma lebre comum.
O Nuralagus rex tinha alguns
traços pouco comuns para os lagomorfos atuais. O esqueleto era bem mais
robusto – o que poderia ser apenas um aspecto relacionado ao seu grande
tamanho. No entanto, a coluna vertebral era bem mais rígida, o que
limitava seus movimentos, sobretudo os de extensão e flexão.
Essa característica, aliada aos membros
posteriores proporcionalmente menores quando comparados com os de
lagomorfos recentes, sugere que a nova espécie não tinha a capacidade de
pular ou correr rapidamente, bem ao contrário do que acontece com os
coelhos e lebres de hoje.
Tupandactylus imperator
Outro pterossauro que entra na lista.
Possuía uma longa crista com uma base óssea que se projetava na frente
da cabeça, o que sugere que era preenchida por alguma membrana. Essa
estrutura formava cerca de 5/6 de toda a superfície lateral do crânio.
As novas descobertas apontam que um grande número de pterossauros apresentavam cristas.
Oryctodromeus cubicularis
O Oryctodromeus cubicularis é uma espécie extremamente especial no campo da paleontologia, pois é o único dinossauro cavador. Isso mesmo. O Oryctodromeus cubicularis cavava
buracos para se proteger, alimentar-se ou fazer seus ninhos. Esse novo
dinossauro pertence ao grupo Ornithopoda, que reúne formas herbívoras. O
indivíduo adulto atingia cerca de dois metros de comprimento e a
largura de seu torso tinha em torno de 30 cm.
É possível que esses três tipos de
dinossauros pertençam a um grupo que poderia se abrigar em tocas.
Obviamente, essa hipótese só poderá ser confirmada caso novos achados
desses répteis forem feitos em condições que indiquem claramente que
eles viviam nas tocas. Os parentes mais próximos de Oryctodromeus cubicularis, que são outras formas de ornitópodes pequenos como o Orodromeus ou o Zephyrosaurus – todos encontrados nos Estados Unidos – poderiam também ser cavadores.
Gryposuchus croizati
Trata-se de uma espécie do grupo Crocodylomorpha que recebeu o nome de Gryposuchus croizati - em
homenagem ao pesquisador italiano León Croizat (1894-1982),
especialista em biogeografia. Trata-se de um dos maiores crocodilomorfos
já encontrados, com algo em torno de 10 metros de comprimento e peso de
quase 1.750 kg.
O tamanho foi obtido por meio de
estimativas baseadas no comprimento do crânio em comparação com medidas
de animais recentes. A nova espécie se distingue de duas outras do mesmo
gênero pela sua dentição, composta de menos dentes (23 superiores e 22
inferiores), e outros traços encontrados no crânio do animal.
Gigantopithecus blackii
O Gigantopithecus blackii foi um dos primatas que conviveram com os nossos ancestrais. A parte interessante é que o Gigantopithecus blackii não
é um primata qualquer, mas sim um primata gigante. As evidências
apontam que esse primata vagou pela Ásia há 1 milhão de anos até 100 mil
anos atrás, quando a espécie desapareceu. Pelo tamanho do molar do
macaco (a coroa tinha cerca de 2,54 centímetros de diâmetro), os
cientistas supõe que o primata gigantesco tinha cerca de 3 metros de
altura e pesava até 544 quilos.
Sua característica mais marcante – seu
tamanho superior perante os demais primatas – já gerou algumas teorias
mais extravagantes, como a de que o animal ainda está vivo, e pode estar
ligado às lendas de Pé-Grande, Yeti, Homem das Neves, etc.
Pliossauros
Os pliossauros são um grupo de répteis da subordem Pliosauroidea, do
grupo dos plesiossauros. Eram répteis aquáticos, de pescoço curto e
cabeça grande, de hábitos carnívoros. Os seus dentes eram numerosos e
afiados.
Em 2009, um crânio de pliossauro foi
encontrado por um colecionador. Até aí, tudo bem. No entanto, calma
lá! É um crânio de 2,4 metros de comprimento, e os cientistas acreditam
que poderia pertencer a um dos maiores pliossauros já encontrados,
podendo medir até 16 metros de comprimento!
Richard Forrest, um paleontólogo e especialista de plesiossauros disse que o T-Rex era um “gatinho” em relação ao pliossauro.
“Ele era uma enorme máquina para morder,
e eram grandes e fortes o bastante para morder um carro pequeno na
metade”, afirma o paleontólogo, que também diz que o animal poderia
destruir um Tiranossauro Rex em uma mordida.
Anomalocaris
Anomalocaris - o nome
significa “camarão estranho” – é o mais antigo exemplo conhecido de um
predador adaptado para caçar seu alimento. Ele tinha garras formidáveis
para agarrar, o que lhe permitiu agarrar sua presa e colocá-la em sua
boca. Faltando pernas, deve ter nadado em águas abertas. Com 90 a 200
centímetros, era o maior animal dos mares do período Cambriano.
Não está claro o que Anomalocaris comia. As
evidências apontam marcas de mordida e outros ferimentos encontrados
em trilobitas do período, o que pode indicar que o Anomalocaris alimentava-se
deles. Mas há sugestões de que sua boca era fraca demais para quebrar
suas conchas , daí surge a sugestão que ele pode ter se alimentado de
animais de corpo mole.
Microraptor
Microraptor também não é uma espécie,
mas sim, um gênero de várias espécies. Um novo fóssil recém-descoberto
de Microraptor que viveu há cerca de 130 milhões de anos atrás, durante o
início do período Cretáceo, no que é hoje nordeste da China, mostra que
algumas espécies do gênero apresentavam quatro asas e eram bem pequenos
– do tamanho de um pombo.
O Microraptor zhaoianus é
peculiar por sua estrutura e por sua coloração. Na estrutura, destaca-se
o fato de ter quatro asas ao invés de duas, já que as patas traseiras
também eram dotadas de uma estrutura com penas.
Titanossauros
Os titanossauros eram saurópodes –
comedores de plantas com quatro patas e longos pescoços e rabos. Seus
restos mortais foram encontrados em todo o mundo, mas evidências apontam
de que eles podem ter percorrido a Antártica.
O novo espécime foi descoberto na Ilha James Ross por uma equipe argentina. Eles identificaram como pertencendo a um Titanossauro lithostrotian do período Cretáceo Superior – cerca de 70 milhões de anos atrás. A Antártica era, até então, rica em vida vegetal.
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