quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Coreia do Norte

Perigo real ou demonização da Coreia do Norte?

 

Perigo real ou demonização da Coreia do Norte?
© Voz da Rússia

A Coreia do Norte construiu uma base de foguetes subterrânea perto da montanha de Paektu-san, sagrada para habitantes do país, na fronteira com a China. A base encontra-se aproximadamente a 2 km ao sul da montanha.

O primeiro jornal a comunicar sobre a nova estrutura foi o JoongAng Ilbo que publicou o respectivo artigo em 10 de outubro, citando fontes governamentais. “A base garantirá a Pyongyang vantagens estratégicas”, escreveu a edição.
“Potencialidades de foguetes com cargas nucleares da Coreia do Norte tornam-se uma realidade e o perigo está crescendo cada vez mais”, declarou o secretário do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, Kim Ming Sok, advertindo que se a Coreia do Norte desenvolver perto do monte de Paektu-san foguetes balísticos de médio alcance, eles poderão alcançar a ilha japonesa de Okinawa, em que se encontram bases militares americanas, e a ilha de Guam. Ainda no último mês maio, levando em consideração o progresso do Norte nas tecnologias nucleares e de mísseis, Seul solicitou que os Estados Unidos adiem novamente o prazo de transferência do direito ao comando operacional das tropas sul-coreanas de dezembro de 2015 para mais tarde.
É sintomático que o artigo foi publicado em 10 de outubro, isto é no dia em que começaram as manobras conjuntas das forças aéreas e navais dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e do Japão ao longo do litoral da península coreana. O fato é comentado pelo dirigente do Centro de Pesquisas Coreanas da Academia de Ciências da Rússia, Alexander Zhebin:
“É nomeadamente agora que se realizam manobras conjuntas dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e do Japão com a participação de um porta-aviões atômico americano, de navios porta-mísseis e caças. Não se pode excluir também que façam parte das manobras submarinos com armas atômicas. Mas o que fazem naquela zona porta-aviões e submarinos americanos 60 anos após o fim da guerra da Coreia? Será que isso não contraria a desnuclearização da península coreana, a qual deve ser acordada pelos participantes das conversações de seis partes? A mídia, sobretudo sul-coreana, está demonizando premeditadamente a Coreia do Norte. Ao mesmo tempo, a experiência dos últimos conflitos, desenlaçados pelos Estados Unidos no Oriente Médio, mostra que, antes de atacar o inimigo, este deve ser demonizado, para que a opinião pública mundial não proteste seriamente contra mais uma tentativa de substituir um regime indesejável. O mesmo acontece aqui”.
Para ser justo, é necessário destacar que as duas partes, tanto o Sul como o Norte, envidam esforços enérgicos para “demonizar o inimigo”. Ao mesmo tempo, cada país persegue seus objetivos. Assim, censurando as atuais manobras, as autoridades da Coreia do Norte advertiram que pode ocorrer uma “catástrofe terrível” com que irão deparar as forças de agressores imperialistas.
A Coreia do Sul não dispõe de dados, se na base subterrânea norte-coreana já se encontram foguetes, se os poços são de reserva ou se destinam para o armazenamento de plutônio militar. O único perigo que não se submete a dúvidas consiste em que a montanha de Paektu-san é um vulcão potencialmente ativo. Ataques de mísseis contra esta base ou uma explosão casual podem provocar sua erupção.
Lyudmila Saakyan
Voz da Russia

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