G8 condena avanço nuclear na Coreia do Norte "nos mais fortes termos"
Do UOL, em São Paulo
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APSoldado norte-coreano usa binóculo para monitorar margem do rio Yalu, na cidade norte-coreana de Sinuiju
Os ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo dos sete países mais
desenvolvidos e industrializados e a Rússia) condenaram nesta
quinta-feira (11) "nos mais fortes termos possíveis" o desenvolvimento
nuclear na Coreia do Norte e pediram ao regime comunista que pare com
suas provocações.
Os ministros de Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália,
Canadá, Japão e Rússia concluíram com uma declaração a reunião de dois
dias que realizaram em Londres, na qual também abordaram a crise na
Síria e a violência sexual em zonas de conflito.
"Os ministros das Relações Exteriores do G8 condenam, nos termos mais
enérgicos, o contínuo desenvolvimento do programa de armas nucleares e
de mísseis balísticos na Coreia do Norte, incluindo seu programa de
enriquecimento de urânio", disse comunicado em que também se referiram a
outros assuntos conflituosos, como o programa nuclear do Irã.
O G8 condenou a "retórica agressiva" do regime de Pyongyang e ameaçou com novas sanções em caso de lançamento de mísseis.
"Isso só servirá para isolar ainda mais a Coreia do Norte", disse o G8,
que insistiu em seu objetivo de conseguir uma península coreana com
"paz duradoura e uma desnuclearização verificável".
11.abr.2013
- Soldados do exército sul-coreano verificam arredores de uma cerca de
arame farpado em Paju, perto da zona desmilitarizada de Panmunjom, na
Coreia do Sul, nesta quinta-feira (11). Enquanto a Coreia do Norte
festeja, os vizinhos Japão e Coreia do Sul continuam em alerta para o
lançamento de mísseis pelos norte-coreanos Leia mais em Ahn Young-joon/AP
Crise na Síria
Na declaração, o grupo se disse "profundamente preocupado" com o
elevado número de mortos na Síria. "Expressamos nossa profunda
preocupação com a crescente tragédia humana do conflito da Síria", diz o
texto, no qual os ministros se confessam "perplexos pela morte de mais
de 70 mil pessoas" desde o início do conflito, há mais de dois anos.
"Estamos horrorizados com fato de que mais de 70.000 pessoas morreram
no conflito e que haja agora mais de um milhão de refugiados sírios",
afirmaram, insistindo que todos os países devem aumentar suas
contribuições solicitadas pela ONU.
Os ministros pediram à comunidade internacional que amplie sua ajuda ao povo sírio.
Quanto ao Irã, eles afirmaram que assistem com "profunda preocupação"
ao desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis balísticos desse
país, em clara violação às resoluções da ONU.
Mais cedo, foi emitida uma declaração a favor de combater a violência sexual nas zonas de conflito, um acordo que o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, qualificou como "histórico". (Com agências internacionais)
Mais cedo, foi emitida uma declaração a favor de combater a violência sexual nas zonas de conflito, um acordo que o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, qualificou como "histórico". (Com agências internacionais)
GRIFES
DA MULHER: Kim Jong-un acompanhado de sua mulher, Ri Sol-ju, em
Pyongyang, capital da Coreia do Norte, em julho de 2012. Ri já causou
polêmica ao ser fotografada com artigos de grife, como uma bolsa da
marca francesa de luxo Christian Dior Leia mais em AP
EUA e Coreia do Sul pedem a C.do Norte para que pare de brincar com fogo
A Coreia do Norte continua a cultivar o clima de tensão com o possível
disparo de míssil para celebrar seus líderes mortos e vivos, em meio a
uma verdadeira tormenta na península coreana, que foi alvo nesta
quinta-feira (11) das críticas do G8 (grupo dos sete países mais
desenvolvidos e industrializados e a Rússia). O governo dos Estados
Unidos e a Coreia do Sul recomendaram que a Coreia do Norte pare de
"brincar com fogo" e renuncie ao disparo de míssil com o qual ameaça a
região, apesar das sanções internacionais.
Uma pausa nos insultos
Nesta quinta-feira, os órgãos oficiais da propaganda norte-coreana
fizeram uma pausa em suas declarações cheias de insultos e ameaças para
cantar os louvores do líder Kim Jong-Un, por ocasião do seu primeiro
aniversário no poder supremo.Terceiro Kim desde a fundação do regime em 1948 por seu avô Il-Sung, Jong-Un, que sucedeu a seu pai Jong-Il após sua morte em dezembro de 2011, foi nomeado em 11 de abril de 2012 à frente do partido do Trabalho, partido único do país ao qual os 24 milhões de habitantes devem obediência absoluta.
O jornal oficial do partido, o Rodong Shinmun, exaltou Jong-Un como um "homem de convicção e vontade número 1", creditando o sucesso do lançamento de um foguete em dezembro e o teste nuclear em fevereiro.
"A história nunca viu um líder socialista como ele", ressaltou o jornal.
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