Península Coreana: qual será o fim da “guerra de nervos”?
13.04.2013, 13:13, hora de Moscou
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AFP
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A “guerra de nervos” no Sudeste Asiático ganha força. Pyongyang voltou a advertir Seul de que a guerra na Península Coreana pode começar a qualquer momento. Entretanto, as autoridades japonesas deram um falso alarme sobre o lançamento de um foguete norte-coreano.
Neste contexto, o chefe do Comitê
Internacional da Duma de Estado da Rússia, Alexei Pushkov, propôs uma
variante de redução da tensão ao redor da Coreia do Norte – um
telefonema do presidente dos EUA, Barack Obama, ao líder norte-coreano,
Kim Jong-un.
Barack Obama, se telefonar a Kim
Jong-un, justificará em certos aspetos seu Prêmio Nobel de Paz,
considera Alexei Pushkov. Na opinião do deputado, Kim Jong-un está
disposto a desanuviar o conflito, mas sem perder a dignidade. Nesta
situação, não quer transformar-se em bode expiatório, desejando ser
reconhecido como um chefe de Estado que é tomado em consideração,
declarou Pushkov.
Por enquanto, Pyongyang avança para
este objetivo, utilizando a retórica da guerra. Na quinta-feira, o
Norte voltou a advertir Seul que, se for necessário, o Exército
norte-coreano é capaz de desferir um ataque de mísseis contra o
adversário. Para intimidar mais, Pyongyang comunicou que nos sistemas de
apontamento já estão introduzidas coordenadas de potenciais alvos no
sul da península.
A tensão em torno da Coreia do
Norte foi reforçada pelo segundo alarme falso declarado no Japão nos
últimos dois dias. No país foi divulgado um comunicado errado sobre o
lançamento de um foguete norte-coreano. A reação dos militares japoneses
pode provocar ações de resposta de Pyongyang. Gueorgui Toloraya, perito
do Instituto de Economia da Academia de Ciências da Rússia, não exclui
que o conflito local entre o Norte e o Sul da Península Coreana possa
rebentar a qualquer momento:
“Poderão acontecer
alguns confrontos na fronteira, no mar Amarelo ou, talvez, alguns atos
de subversão que levem a tiroteios, a um conflito local, não se devendo
transformar, porém, numa guerra de envergadura.”
A
crise em redor da Coreia do Norte evoluiu no pano de fundo das manobras
militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, manobras que
em muitos sentidos provocaram a retórica belicosa de Pyongyang,
considera Alexander Vorontsov, perito do Instituto de Orientalística da
Academia de Ciências da Rússia:
“O Norte tem certos
receios, duvidando de que se trate de manobras militares de rotina ou de
preparação para verdadeiras ações militares. Para prevenir o pior
cenário, Pyongyang envia advertências ameaçadoras – não somos
intimidados, não temos medo da guerra, se houver uma guerra, vamos
combater até o fim e é melhor por isso não nos tocarem.”
As
principais organizações sociais da Coreia do Sul apelam a que as
autoridades comecem urgentemente as conversações com a Coreia do Norte. A
Associação de Nações do Sudeste Asiático prometeu seu apoio. A
Indonésia, que faz parte da ASEAN, também tenta a seu nível ajudar Seul e
Pyongyang a começar os contatos para diminuir a tensão.
Washington
espera também que a China utilize sua crescente influência na Coreia do
Norte para regularizar a crise. Os Estados Unidos destacam “crescentes
receios de Pequim quanto aos efeitos negativos da conduta insensata de
Pyongyang”, apontando que a desestabilização na Península Coreana influi
negativamente na situação estratégica em torno da China.
Entretanto,
os ministros das Relações Exteriores dos países do G8 ameaçaram aplicar
novas sanções Coreia do Norte, se esta lançar mais algum míssil. Como
se espera, o ensaio de um míssil balístico de médio alcance pode ser
efetuado na véspera de 15 de abril, dia em que o país irá assinalar o
101º aniversário do nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim
Il-sung.
Provavelmente na segunda feira haverá outro teste por parte dos Coreanos,é só aguardar.
ResponderExcluirAchei interessante esta entrevista:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&list=UUD-CrDORRxvPMxLcOMqJCcA&v=nXpYXur5EbE
a resposta é muito simples, esta ameaça de guerra vai acabar em pizza.
ResponderExcluirEste gordinho é fã de O RATO QUE RUGE com o saudoso Peter Sellers. Deve ser uma espécie de refilmagem.
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