A Verdadeira História Soviética [Documentário]
“Uma morte é uma tragédia, milhões mera estatística”. Josef Stalin
Talvez
muitas pessoas não conheçam a história dos Gulags soviéticos, campos de
trabalho forçado instalados por Stalin, que foram responsáveis por uma
verdadeira chacina, que té nos dias atuais, muitas pessoas ignoram, e
que muito pouco se fala.
O
mesmo ocorre com o extermínio dos cossacos do Don, pelos comunistas, na
década de 1920, dos alemães do Volga em 1941 e as execuções em massa e
deportações para campos de concentração de lituanos, letões, estonianos e
poloneses. Ao final da Segunda Guerra, os “gulag” de Stalin mantinham
5,5 milhões de prisioneiros, 23% deles ucranianos e 6% bálticos.
Quase
desconhecido é o genocídio de dois milhões de muçulmanos de povos da
ex-URSS: chechenos, inguchétios, tadjiques, tártaros da Criméia,
basquires e casaques. Os guerrilheiros que lutam pela independência da
Chechênia e que hoje são rotulados de “terroristas” por Estados Unidos e
Rússia são netos dos sobreviventes dos campos de concentração
soviéticos. Adicione-se a esta lista de atrocidades esquecidas o
assassinato, na Europa Oriental, entre 1945 e 1947, de pelo menos dois
milhões de alemães étnicos, a maioria deles mulheres e crianças, e a
violenta expulsão de mais 15 milhões de alemães, quando dois milhões de
meninas e mulheres alemãs foram estupradas.
Dentre
estes crimes monstruosos, a Ucrânia aparece como a maior vítima em
termos de números. Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932,
ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch 9judeu9 e o
chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a
resistência de fazendeiros ucranianos à coletivização forçada. A Ucrânia
foi isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram
confiscadas.
Os esquadrões da morte da NKVD
assassinavam “elementos antipartido”. Furioso porque poucos ucranianos
estavam sendo executados, Kaganovitch – em tese o Adolf Eichmann da
União Soviética – estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana.
Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados.
Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados,
por dia, ou morriam de inanição e frio. Tornou-se comum o canibalismo. A
Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, “parecia uma versão gigante
do futuro campo da morte de Bergen-Belsen.”
A
execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles
crianças, e a deportação para o “gulag” de mais dois milhões (onde a
maioria morreu) foi oculta pela propaganda soviética. Os ocidentais
pró-comunismo, como Walter Duranty, do “New York Times”, os escritores
britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard
Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e
aplaudiram o que eles chamaram de “reforma agrária” soviética. Aqueles
que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de “agentes do
fascismo”. Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam
bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive
bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia.
Os
únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos
pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de
autopromoção, Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini. Como
Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e
da NKVD eram judeus, Adolfo Hitler rotulou o comunismo como “uma
conspiração judaica para destruir a civilização cristã.” Esta versão,
amplamente divulgada pelo Ministério da Propaganda e Publicidade do 3°
Reich (comandado por Paul Joseph Goelbels – 1897-1945), tornou-se
amplamente aceita por toda uma amedrontada Europa.
Quando
veio a guerra, o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt e o
primeiro-ministro britânico Winston Churchill se tornaram aliados de
Stalin, embora eles soubessem que seu regime já tinha matado pelo menos
30 milhões de pessoas muito antes que o extermínio de judeus e ciganos
por Hitler tivesse sequer começado. No estranho cálculo moral de
extermínios em massa, apenas os alemães foram culpados. Mesmo Stalin
tendo assassinado três vezes mais gente do que Hitler, para Roosevelt
ele ainda era o “Uncle Joe” (“Tio Joe”).
A
aliança EUA-Reino Unido com Stalin fez deles parceiros no crime.
Roosevelt e Churchill ajudaram a preservar o regime mais assassino da
história, para o qual eles entregaram metade da Europa em 1945. Após a
guerra, as esquerdas tentaram encobrir o genocídio soviético. Jean-Paul
Sartre chegou a negar que o “gulag” tenha existido. Para os aliados
ocidentais, o Nazismo era o único mal; eles não poderiam admitir serem
aliados de assassinos em massa. Para os soviéticos, promover o
holocausto judeu perpetuava o antifascismo e mascarava seus próprios
crimes. Os judeus, inexplicavelmente, viram seu holocausto como o único.
Foi a “raison d’être” de Israel.
O holocausto
russo promovido por Stalin, um dos maiores crimes contra a humanidade,
ainda hoje é praticamente desconhecido. Enquanto historiadores, academias,
imprensa e Hollywood concentram suas atenção no holocausto judeu,
ignoram a Ucrânia. Nós ainda caçamos assassinos nazistas, mas não
caçamos assassinos comunistas. Há poucas fotos do genocídio ucraniano e
do “gulag” stalinista, e muito poucos sobreviventes. Homens mortos não
contam histórias.
A Rússia nunca perseguiu nenhum
de seus assassinos em massa, como se fez na Alemanha. Mas todos nós
conhecemos os crimes de Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, e sabemos o
que foi Babi Yar e Auschwitz. Mas quem lembra os assassinos em massa
soviéticos Dzerzhinsky, Kaganovitch, Yagoda, Yezhov e Beria? Não fosse o
escritor Alexander Solzhenitsyn, nós poderíamos nunca ter sabido dos
campos da morte soviéticos como Magadan, Kolyma e Vorkuta. A todo tempo
aparecem filmes sobre o terror nazista, enquanto o mal soviético some da
visão ou se dissolve na nostalgia.
As almas das milhões de vítimas de Stalin ainda clamam por justiça…
* Eric Margolis é Colunista do Toronto Sun – Canadá.
Vi no blog: http://cdchumorfilmes.com.br/gulags-os-mortiferos-campos-de-trabalho-forcado-sovieticos/
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