terça-feira, 15 de outubro de 2013

EUA em crise:

UND: Apesar de possível acordo no Senado para encerrar atual impasse, a crise não estará resolvida, apenas postergam o enorme problema.

"A realidade será caótica"

EUA têm poucas e complexas opções para enfrentar default

Sobre as datas possíveis para o calote, o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) especula entre o dia 22 e o final do outubro

 


"A operação pode se complicar", segundo o Bipartisan Policy Center.
"O Tesouro deverá pagar mais em juros para atrair novos investidores. É até possível, embora pouco provável, que se apresentem poucos investidores, forçando o Tesouro a encontrar o valor em dinheiro" para refinanciar, acrescentou.
Um dos prazos mais delicados é o de um pagamento de juros da dívida de US$ 6 bilhões em 31 de outubro.
O Tesouro terá duas opções para minimizar os danos: pagar, atendendo a uma ordem arbitrária de prioridade; ou pagar, no dia a dia, as contas na ordem em que chegarem, seguindo a máxima "o primeiro que chegar será o primeiro a receber".
Em ambos os cenários, é muito provável que a prioridade seja dada ao pagamento dos juros da dívida.
Segundo Lew, o governo quer evitar a todo custo a onda de choque "potencialmente catastrófica" de um "default" sobre os mercados financeiros, ressaltou Lew.
Favorecer o cancelamento da dívida em detrimento dos pagamentos dos veteranos combatentes, por exemplo, também terá um custo político muito alto. "A realidade será caótica: com opções injustas, o Tesouro selecionará os ganhadores e os perdedores", provocando a "ira da opinião pública", adverte o centro de estudos.
A outra opção, que já foi considerada em uma crise parecida no verão (hemisfério norte) de 2011 como "a solução menos pior", seria que o Tesouro pagasse, após receber impostos suficientes para pagar os vencimentos - o que implicaria atrasos.
O processo vai gerar um efeito cascata de atrasos e uma dolorosa incerteza para os americanos que esperam por suas pensões, salários e prestações de saúde. A esse quadro, é preciso considerar que, há duas semanas, milhares de funcionários foram colocados em licença não remunerada, devido à paralisia parcial dos serviços públicos federais, causada pela falta de um acordo orçamentário no Congresso.
O ano fiscal 2013-2014 iniciou em 1º de outubro, sem orçamento definido, contrariando o que determina a lei.


Um comentário:

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