UND: Assad já começa a precondicionar logo com quem o fim do apoio em armas aos rebeldes que querem derrubá-lo e se não atendido nenhum negócio virá. É tudo o que quer os falcões da guerra, os motivos para debilitarem este provável acordo sobre Síria proposto pela Rússia.
'Palavras do regime sírio não são suficientes', diz secretário de Estado dos EUA
Kerry não descarta ação militar caso diplomacia falhe; ministro russo diz que acordo tornaria ataque desnecessário
Com um tom firme, o secretário de Estado dos EUA, John
Kerry, deu início ao diálogo com a Rússia sobre a entrega de armas
químicas pela Síria nesta quinta-feira (12) rejeitando a promessa do
regime de Bashar al-Assad
de dar início a um "processo padrão" de fornecimento de informações.
"As palavras do regime sírio, em nosso julgamento, não são suficientes",
disse Kerry ao lado do chanceler russo Sergei Lavrov durante coletiva.
"Isso não é um jogo."
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e chanceler russo, Sergei Lavrov, concedem coletiva sobre crise na Sìria
Os comentários de Kerry foram feitos em relação aos
últimos acontecimentos da crise na Síria. Em menos de uma semana, o que
parecia ser a iminência de uma intervenção militar americana retaliativa
a um suposto ataque químico
do regime Assad foi totalmente transformada diante do aceno positivo da Síria
em cumprir com uma proposta russa
de colocar o arsenal químico do regime sob controle internacional.
Agora, Rússia e EUA discutem como fazer com que a difícil entrega dessas
armas seja efetivada.
"Acreditamos que não exista nada padronizado sobre esse
processo neste momento por causa da maneira com a qual o regime se
comportou", acrescentou o secretário americano. Ele também mantém viva a
ameaça de um ataque militar norte-americano, dizendo que a entrega de
armas ao controle internacional deve respeitar um cronograma e ser
completo e verificável - "e, além disso, haverá consequências caso não
ocorra."
Dando um efeito mais dramático, o presidente da Rússia, Vladimir Putin fez um apelo aos americanos em um artigo publicado no New York Times
contra a ação militar dos EUA na Síria. Além disso, o líder russo ainda
criticou o fato de os americanos se enxergarem como "excepcionais", em
uma aparente menção ao discurso de Obama
, que ele fez para explicar por que acreditava que os EUA tinham de
agir. O Congresso americano, que havia sido instado a votar sobre a
retaliação militar, mostrava pouca inclinação para autorizá-la.
Putin também alertou que um ataque americano contra a
Síria devido às armas químicas pode provocar uma nova onda de ataques
terroristas. E ele ainda acrescentou que "há razões para acreditar" que
os armamentos foram usados pelos rebeldes e não pelas tropas de Assad.
De sua parte, Obama disse apenas que esperava que o diálogo entre Kerry e
Lavrov produzisse um "resultado concreto".
As idas e vindas são uma indicação do quão desafiante
será resolver a questão, enquanto Kerry, Lavrov e suas equipes de
especialistas em armas químicas realizam dois dias de diálogo
, com o objetivo de finalizar um acordo sobre como desmantelar as armas
químicas em meio à confusão e os perigos da guerra civil na Síria.
Lavrov aparentemente discordou da visão negativa de Kerry
em relação ao oferecimento de Assad de fornecer detalhes sobre o
arsenal de seu país 30 dias depois de assinar uma convenção internacional que proíbe armas químicas
.
O russo disse que a iniciativa deve prosseguir "em
estrito cumprimento com as regras estabelecidas pela Organização para a
Proibição de Armas Químicas", sugerindo que a Rússia não concorda com os
EUA de que esse se trata de um caso excepcional e que a Síria deveria
ser submetida a padrões mais rígidos que outros países.
"Partimos do fato de que uma solução para esse problema
fará qualquer ataque contra a Síria desnecessário, e eu estou convencido
que meus colegas americanos, como disse Obama, estão fortemente
convencidos que devemos seguir o caminho da resolução pacífica para o
conflito na Síria", disse Lavrov.
A desconfiança nas relações entre a Rússia e os
EUA estavam aparentes nesta quinta-feira, mesmo com o aperto de mãos
entre as duas partes durante a coletiva de imprensa. Pouco antes do fim
da coletiva, Kerry pediu ao tradutor russo para repetir parte dos
comentários conclusivos de Lavrov.
Quando ficou claro que Kerry não conseguiria uma tradução
imediata novamente, Lavrov aparentemente tentou garantir a Kerry que
ele não havia dito nada polêmico. "Está tudo bem, John, não se
preocupe", disse. "Você quer que eu acredite na sua palavra?", perguntou
Kerry. "É um pouco cedo para isso." Os dois sorriram e seguiram para um
jantar privado. O diálogo será retomado na sexta-feira.
Os encontros em Genebra ocorrem após Assad, durante
entrevista a uma TV russa, ter dito que seu governo começaria a submeter
os dados de suas armas químicas um mês depois de assinar a convenção.
Ele também afirmou que a proposta russa poderia funcionar somente se os
EUA suspendessem as ameaças de retaliação militar.
Mas Kerry, que se encontrou mais cedo com o enviado da
Liga Árabe para a Síria, deixou claro que essa ameaça permanece.
"Presidente Obama deixou claro que caso a diplomacia fracasse, a força
pode ser necessária para deter e degradar a capacidade de Assad usar
essas armas", disse.
Com AP
http://ultimosegundo.ig.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Em observação... Adm.
Qualquer comentário que for ofensivo e de baixo calão, não será bem vindo neste espaço do blog.
O Blog se reserva no direito de filtrar ou excluir comentários ofensivos aos demais participantes.
Os comentários são livres, portanto não expressam necessariamente a opinião do blog.
Usem-no com sapiência, respeito com os demais e fiquem a vontade.
Admin- UND-HN