Sanções da UE à Ucrânia incluem bloqueio de bens e restrição de vistos
Propostas para a proibição de exportação de armas foram derrubadas.
Violência após protestos deixou 67 mortos no país.
Os chanceleres da União Europeia concordaram nesta quinta-feira (20) em impor sanções contra a Ucrânia,
incluindo a proibição de vistos, congelamento de bens e restrições
sobre a exportação de equipamentos antimotim, disseram ministros e
autoridades.
As restrições, que serão transformadas em lei nos próximos dias, serão
aplicadas a todos os considerados responsáveis por ordenar ou promover a
violência em Kiev, que deixou 67 mortos. As propostas para a proibição
de exportação de armas foram derrubadas.
"A UE decide como questão de urgência o congelamento de bens e a
proibição de vistos aos responsáveis pela violência e emprego da força
excessiva em Kiev", disse o ministro das Relações Exteriores sueco,
Carl Bildt, em mensagem no Twitter.
Os protestos populares contra o governo da Ucrânia começaram em
novembro depois que o presidente do país cedeu à pressão da Rússia e
desistiu de um tratado comercial com a União Europeia, preferindo a
ajuda financeira de Moscou.
A Ucrânia está no meio de uma disputa geopolítica entre Moscou, que vê o
país como um mercado importante e teme que protestos se espalhem para a
Rússia, e o Ocidente, que diz que os ucranianos devem poder escolher
livremente uma aliança econômica com a UE.
Pressão internacional
O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse nesta quinta que ainda não há uma decisão final sobre o caminho para acabar com a crise ucraniana, mas disse que ele e os minstros da Alemanha e Polônia voltariam a conversar com o presidente Viktor Yanukovich.
O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse nesta quinta que ainda não há uma decisão final sobre o caminho para acabar com a crise ucraniana, mas disse que ele e os minstros da Alemanha e Polônia voltariam a conversar com o presidente Viktor Yanukovich.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, anunciou que os ministros da
União Europeia (UE) obtiveram sinal verde do presidente ucraniano Viktor
Yanukovytch para a realização de eleições presidenciais e legislativas
antecipadas em 2014, segundo informou a agência de notícias France
Presse. "Foi acordado com Yanukovytch que eleições presidenciais e
parlamentares ocorreriam neste ano e que um governo de unificação
nacional seria criado nos próximos 10 dias", disse Tusk à imprensa,
segundo a France Presse.
A Rússia criticou as ações europeias e norte-americanas, as chamando de
uma "chantagem" que só vai piorar as coisas. O presidente russo,
Vladimir Putin, está enviando um representante a Kiev para tentar
negociar com a oposição, a pedido de Yanukovich, segundo a agência de
notícias RIA.
A chanceler alemã, Angela Merkel, fez um chamado para que Yanukovich aceitasse a oferta de mediação europeia.
Fim da trégua
Novos confrontos ocorreram em Kiev nesta quinta-feira, quebrando a trégua declarada pelo presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich.
Novos confrontos ocorreram em Kiev nesta quinta-feira, quebrando a trégua declarada pelo presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich.
O Departamento de Saúde da cidade Kiev disse que 67 pessoas foram
mortas desde terça, o que significa que ao menos 39 pessoas morreram nos
confrontos desta quinta.
O ministro interino do Interior, Vitaly Zakharschenko, afirmou que a
polícia está equipada com armas de combate e as usaria "de acordo com a
lei" para se defender, defender outras pessoas e libertar reféns. O
ministério afirmou que os manifestantes mantêm 67 policiais como reféns.
Num sinal da redução do apoio a Yanukovich, o prefeito de Kiev,
indicado pelo presidente, deixou o partido do governo em protesto contra
a violência nas ruas.
Governo brasileiro
O Itamaraty informou que o governo brasileiro acompanha situação na Ucrânia e “lamenta profundamente as mortes ocorridas em Kiev. O governo brasileiro conclama todas as partes envolvidas a dialogar. A crise política na Ucrânia deve ser equacionada pelos próprios ucranianos, de forma pacífica e com base no respeito às instituições e aos direitos humanos.”
O Itamaraty informou que o governo brasileiro acompanha situação na Ucrânia e “lamenta profundamente as mortes ocorridas em Kiev. O governo brasileiro conclama todas as partes envolvidas a dialogar. A crise política na Ucrânia deve ser equacionada pelos próprios ucranianos, de forma pacífica e com base no respeito às instituições e aos direitos humanos.”
A embaixada local não foi informada de nenhum brasileiro ferido nos protestos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Em observação... Adm.
Qualquer comentário que for ofensivo e de baixo calão, não será bem vindo neste espaço do blog.
O Blog se reserva no direito de filtrar ou excluir comentários ofensivos aos demais participantes.
Os comentários são livres, portanto não expressam necessariamente a opinião do blog.
Usem-no com sapiência, respeito com os demais e fiquem a vontade.
Admin- UND-HN